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Polícia

Falta de médicos em UPAS e policlínicas do Município causa superlotação no Cosme e Damião

Quarta-feira, 30 Março de 2016 - 21:13 | Da Redacao


Cresceu em pelo menos 40% o número de pacientes atendidos Hospital Cosme e Damião, em Porto Velho. A unidade de Saúde é referência em tratamento infantil de alta complexidade em Rondônia. A demanda de pacientes é o resultado falta de atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), das policlínicas e das Unidades de Pronto Atendimento (UPA), em Porto Velho.

Registros do Cosme e Damião demonstram que pelo menos 300 casos de baixa complexidade são atendidos todos os dias. Os procedimentos poderiam ser feitos em unidades como policlínicas e Unidade de Pronto Atendimento, nos bairros.  Se isso ocorresse, haveria uma redução da demanda hoje atendida pelo Cosme e Damião.

Dados do setor de estatísticas da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), apontam que o excesso da demanda vem da rede municipal de Porto Velho, de cidades do interior de Rondônia, dos estados do Acre e Amazonas. Quase 80% dos atendimentos de rotina realizados deveriam serem prestados em UBS e UPAs de vários municípios, por serem considerados de baixa complexidade. Isso, segundo os médicos, causa um fluxo maior de atendimentos, gera demora, e sobrecarrega os profissionais.

Dos casos atendidos, todos poderiam ser resolvidos sem a necessidade do deslocamento para o Cosme e Damião. Ou seja, consultas e atendimentos ambulatoriais, medicação, nebulização, entre outros procedimentos que são considerados de baixa complexidade que não necessitam passar pelo Cosme e Damião. “Nós atendemos devido à população não buscar a rede básica e ir direto ao hospital de referência”, afirma um médico.

No total, de acordo com dados de pesquisa realizada pela Sesau, 95% dos pacientes afirmam que vão direto de casa para o Cosme e Damião, sem passar pelas unidades do município.

A dona de casa Ana Célia, moradora da zona Sul de Porto Velho, disse que passou três dias tentando atendimento para a filha de cinco anos na rede municipal. Ela só conseguiu atendimento apenas no Cosme e Damião.

Segundo ela, mesmo sabendo que o caso não requer a atenção do Estado, todos procuram devido à estrutura de ponta que o hospital oferece. Depoimento semelhante faz a aposentada Valdete Ramos da Silva. Com a filha de 11 anos doente, a criança foi atendida no Cosme e Damião, mas poderia ser consultada em uma UPA, por exemplo.

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