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Falta de qualificação profissional deixa vagas ociosas por até três meses no Sine de RO

Quarta-feira, 20 Julho de 2016 - 16:36 | Da Redacao


Uma pesquisa realizada pela Fundação Dom Cabral (FDC) revela que quase metade, cerca de 49%, das empresas possuem vagas de emprego que não são preenchidas por falta de mão de obra qualificada. Em Rondônia, o Sistema Nacional de Emprego (Sine) também concorda com a pesquisa. Diariamente, o órgão fica lotado de pessoas a procura de recolocação no mercado de trabalho, mas muitas vagas continuam ociosas por não haver profissionais qualificados. Em alguns casos, o posto de trabalho fica vazio por até três meses.

Segundo Levi Passos, gerente do Sistema Mais Emprego, o fechamento de postos de trabalho tem sido muito grande, assim como a falta de qualificação também. Em Porto Velho, em média 50 pessoas são recolocada no mercado de trabalho, mas esse número poderia ainda ser maior, se as pessoas procurassem cursos de aperfeiçoamento. “Não estão sendo oferecidas muitas vagas nas empresas, e as poucas que aparecem estão exigindo qualificação e isso está dificultando o preenchimento de vagas”, explica Levi.

Apesar disso, o número de pessoas contratados ainda é considerado bom pelo gerente. Para cada 100 pessoas que são envidas às empresas para participar de processo de seleção, em torno de 80 são contratadas. Normalmente, as que são reprovadas não possuem experiência ou a qualificação exigida para o posto de trabalho. Com isso, há vagas que chegam a ficar ociosas por até três meses. Por conta disso, Levi alerta sobre a importâncias das pessoas que procuram emprego que realizarem cursos de aperfeiçoamento.

Algumas vagas disponíveis pelo Sine Estadual não exigem escolaridade, nem qualificação do candidato, tornando mais fácil a contratação imediata. É o caso do carpinteiro Charles de Vasque, de 31 anos que está desempregado há cerca de um ano. Ele reclama da falta de ofertas na construção civil, e diz que isso dificulta a conseguir um novo emprego, com carteira assinada. “Eu cheguei aqui cedo, mas não consegui nenhuma vaga na minha área de carpintaria. Não tenho nenhum outro curso de qualificação, por isso trabalho nesse ramo que não exige isso de mim. Já tenho conhecimento e experiência e acho que é mais fácil conseguir”, acredita o carpinteiro justificando o porquê não fez curso de qualificação.

Para resolver o problema de falta de mão de obra qualificada, segundo a pesquisa da FDC, quase 78% das empresas afirmaram oferecer algum tipo de capacitação para seus quadros de funcionários e 73,1% realizam capacitações para times de nível técnico-operacional e quase 68% em áreas de processos. O estudo aponta ainda que quase 35% das empresas ouvidas estão diminuindo as exigências, especialmente nos níveis técnicos e administrativo, com destaque para quesitos como experiência na área (71,4%) e habilidades técnicas (48,6%).

Já o Levi pondera que o Sine Estadual faz o cadastro de pessoas interessadas em participar dos cursos oferecidos pelo Pronatec. Além disso, o órgão planeja ofertar outras cursos, mas que ainda estão em discussão. O Sine Estadual fica localizado na Rua Paulo Leal, 332, Centro de Porto Velho.

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