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Polícia

Infecções causadas em “clínica de estética” de Porto Velho são investigadas pela Polícia

Terça-feira, 14 Junho de 2016 - 20:37 | Da Prefeitura de Porto Velho


A Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), por Meio do Departamento de Vigilância e Fiscalização Sanitária (DVISA), alerta sobre o risco da aplicação indiscriminada e sem orientação de enzimas com o princípio ativo Hialuronidase, conhecida pelo nome comercial Hyalosima, utilizada em tratamentos estéticos. De acordo a diretora da DVISA, Daniele de Souza, investigações realizadas pelo departamento em conjunto com a Delegacia de Defesa do Consumidor revelaram sete casos de reações adversas decorrentes do uso do medicamento por um estabelecimento da capital, que foi vistoriado e notificado. Os pacientes apresentaram quadros como infecção cutânea ou subcutânea e feridas na pele, entre outros.

Daniele explica que a enzima, extraída de testículos bovinos, têm sido aplicada em injeções e cremes, com o suposto objetivo de reduzir gorduras localizadas, celulites, acelerar o metabolismo e promessas de emagrecimento imediato. A aplicação da substância leva a um desequilíbrio na quantidade de líquidos, dando a impressão de redução do tecido adiposo, mas, assim que o corpo restabelece o equilíbrio, começa a ocorrer o processo inverso, causando sérios riscos à saúde.

“Existem sete boletins de ocorrência contra o estabelecimento, as vítimas começaram a desencadear o processo inflamatório por reações adversas ocasionadas por bactérias. Foi criado na residência um centro de emagrecimento que fazia os atendimentos. Então, o delegado nos chamou para fazer uma fiscalização no local e foi constatado que o lugar oferece risco à saúde e que a proprietária não é profissional, ou seja, está exercendo a profissão ilegalmente”, a diretora da DVISA.

Conforme a lei municipal n.º 1562 de 2003, todos os locais de prestação de serviços à saúde, inclusive clínicas de estéticas e salões de Beleza devem ser regularizados perante o Departamento de Vigilância Sanitária da Semusa. Os materiais e produtos utilizados nos serviços precisam estar em conformidade com regras da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), todos os profissionais devem receber capacitação e apresentar, junto ao conselho responsável e à DVISA, documentos comprobatórios de habilitação.

A Secretaria de Saúde solicita aos profissionais e à população em geral que comuniquem as suspeitas de reações adversas pelo sistema Notivisa (http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm) ou pelo telefone 0800-647-0009. A comunicação de suspeitas de eventos adversos pelos pacientes também pode ser realizada por meio dos canais ou pelo e-mail visa.pvh@portovelho.ro.gov.br

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