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Polícia

PF do AC deflagra operação para combater facções responsáveis por rebeliões em presídio

Mais de 150 policiam dão cumprimento a 63 mandados judiciais. Um agente penitenciário está envolvido.

Quinta-feira, 01 Dezembro de 2016 - 10:16 | da Redação


PF do AC deflagra operação para combater facções responsáveis por rebeliões em presídio

Mais de 150 policiais federais cumprem desde cedo 63 mandados judiciais, sendo 52 de prisão e 11 de busca e apreensão nas cidades de Rio Branco, Sena Madureira e Senador Guiomar. A ação faz parte da Operação Hidra, deflagrada nesta quinta-feira (1º) pela Polícia Federal para desarticular facções criminosas que têm atuado no estado do Acre. Foi descoberta a participação de um agente penitenciário.


Segundo a PF, essas facções foram responsáveis por uma série de ataques a ônibus e prédios públicos nos meses de outubro do ano passado e ainda neste ano. Os mesmos grupos, são apontados ainda pelas recentes rebeliões no Presídio de Rio Branco.

No período da investigação, afirma a PF, foi possível constatar a participação dos membros das facções em crimes de homicídio, tráfico de drogas, associação para o tráfico, latrocínio, roubo, receptação, porte ilegal de arma de fogo, corrupção ativa e passiva, bem como o delito de integrar organização criminosa.

Ainda sobre as investigações, em relação ao tráfico de drogas, foram três apreensões, totalizando mais de 10 quilos de cocaína, além da descoberta de um laboratório utilizado por uma das facções para adulteração da droga. Três armas de fogo foram apreendidas.

Dentre os crimes praticados pelos grupos criminosos, ainda destaca-se uma tentativa de latrocínio ocorrida em uma agência do Banco do Brasil localizada no Campus da Ufac, na cidade de Rio Branco e dois furtos em lojas de eletrodoméstico. Em um desses furtos, o grupo criminoso invadiu a casa de uma idosa que morava ao lado da loja e manteve-a refém enquanto os criminosos quebravam a parede da casa dela para ter acesso ao interior da loja.

Integrando uma das organizações criminosas, havia um agente penitenciário que facilitava a entrada de armas e aparelhos celulares no interior do presídio. Em relação ao referido servidor, a Polícia Federal cumprirá um mandado de prisão e um mandado de busca e apreensão. Para a identificação desse agente penitenciário, a Polícia Federal contou com a colaboração do Instituto de Administração Penitenciária.

Além da produção de provas da materialidade e autoria dos crimes citados, ainda foi possível agir de forma preventiva evitando a consumação de diversos outros crimes. Para isso, a Polícia Federal contou com o apoio da Polícia Militar, da Polícia Civil, da Polícia Rodoviária Federal e do Instituto de Administração Penitenciária.

A forma de atuação dessas facções é marcada pela violência e pelo intuito de obtenção de lucro decorrente das práticas criminosas. Os líderes dessas facções vêm recrutando adolescentes e jovens de comunidades carentes, bem como obrigam os detentos do sistema penitenciário a integrarem as facções. Essas pessoas são atraídas pela promessa de “status” no mundo do crime, proteção oferecida pelas facções e pela oportunidade de obtenção de lucro com prática de crimes.

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