Polícia
Porto Velho é a segunda capital com maior inadimplência no país
Terça-feira, 26 Abril de 2016 - 20:55 | Da Redacao
A Serasa Experian cruzou dados próprios sobre a porcentagem da população das capitais com dívidas atrasadas e pesquisas de rendimento e desemprego e o resultado comprovou uma associação entre estes números: na maioria dos casos, quanto maior o desemprego e menor o rendimento, maior a inadimplência.
O comparativo considerou os dados da Serasa Experian referentes ao percentual de inadimplentes existentes em cada capital do país, a renda média mensal dos trabalhadores empregados e o desemprego, ambos de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio – PNAD Contínua – do IBGE, no período de outubro/novembro/dezembro 2015.
A análise mostra que entre as nove capitais brasileiras com os maiores percentuais de inadimplência (Manaus, Porto Velho, Macapá, Palmas, São Luís, Teresina, Boa Vista, Maceió e Belém), em sete delas (Manaus, Porto Velho, São Luís, Teresina, Boa Vista, Maceió e Belém) o rendimento está entre os dez piores do país. Cinco delas (Manaus, Macapá, São Luís, Maceió e Belém) concentram as sete taxas de desemprego mais altas.
Manaus (AM), a capital com o maior percentual de dívidas atrasadas do Brasil, (38,1%), tem a sexta maior taxa de desemprego (11,1%) e o décimo pior salário médio (R$ 2.020). São Luís (MA) está em quinto lugar no ranking da inadimplência (36%), foi a segunda que mais desempregou (taxa de 13,5%) e possui a segunda renda nacional mais baixa (R$ 1.609).
Maceió é a oitava capital mais inadimplente do ranking (32,5%), teve a sétima maior taxa desemprego (10,8%) e registra a terceira menor renda brasileira (R$ 1.704). Nona colocada na tabela de inadimplência (31,8%), Belém registrou a quarta maior taxa de desocupação do Brasil (11,8%) e os rendimentos de sua população são os mais baixos entre as 27 capitais (R$ 1.581).
Segundo os economistas da Serasa Experian, o crescimento do desemprego e a menor renda reduzem a capacidade de pagamento dos consumidores. Dado que a inflação corrói o rendimento e o desemprego o destrói, o atual ambiente econômico marcado por inflação elevada e desemprego crescente forma uma combinação que pressiona os níveis de inadimplemento.
Por outro lado, Curitiba, na 24ª posição do ranking de inadimplência (24,7%), teve uma das menores taxas de desemprego do país (5,5%) e sustenta a sexta maior renda (R$ 2.858). Florianópolis, a cidade com a menor percentual de inadimplentes entre as capitais brasileiras (22,3%), teve a quinta menor taxa de desemprego do país (5,9%) e seus consumidores recebem, em média, a quinta maior renda brasileira (R$ 2.962). Já São Paulo, capital posicionada no penúltimo lugar da lista de inadimplência (23,9%), tem o terceiro maior salário (R$ 3.368) e foi a 14ª no ranking do desemprego (taxa de 8,9%).
Veja todos os números na tabela:
Capital | Percentual de inadimplentes | Desemprego* | Rendimento* |
Manaus – AM | 38,1% | 11,1% (6ª maior) | R$ 2.020 (10º menor) |
Porto Velho – RO | 37,3% | 6,9% (20ª maior) | R$ 1.768 (5º menor) |
Macapá – AP | 36,4% | 14,6% (1ª maior) | R$ 2.108 (13º menor) |
Palmas – TO | 36,2% | 5,7% (24ª maior) | R$ 2.081 (12º menor) |
São Luís – MA | 36,0% | 13,5% (2ª maior) | R$ 1.609 (2º menor) |
Teresina – PI | 32,8% | 7,7% (18ª maior) | R$ 1.807 (7º menor) |
Boa Vista – RR | 32,6% | 8,8% (15ª maior) | R$ 2.013 (9º menor) |
Maceió – AL | 32,5% | 10,8% (7ª maior) | R$ 1.704 (3º menor) |
Belém – PA | 31,8% | 11,8% (4ª maior) | R$ 1.581 (1º menor) |
Cuiabá – MT | 30,6% | 7,5% (19ª maior) | R$ 2.303 (16º menor) |
Brasília - DF | 30,2% | 9,7% (11ª maior) | R$ 3.629 (26º menor) |
Salvador – BA | 29,5% | 13,3% (3ª maior) | R$ 1.978 (8º menor) |
Fortaleza – CE | 28,8% | 7,8% (17ª maior) | R$ 1.765 (4º menor) |
Recife – PE | 28,4% | 9,4% (12ª maior) | R$ 2.469 (19º menor) |
Aracaju – SE | 28,4% | 10,6% (8ª maior) | R$ 2.394 (18º menor) |
Goiânia – GO | 28,0% | 6,1% (22ª maior) | R$ 2.352 (17º menor) |
Natal – RN | 27,7% | 11,5% (5ª maior) | R$ 2.196 (14º menor) |
Rio Branco – AC | 27,5% | 10,2% (9ª maior) | R$ 1.802 (6º menor) |
João Pessoa – PB | 27,3% | 9,7% (10ª maior) | R$ 2.208 (15º menor) |
Rio de Janeiro – RJ | 27,0% | 5,2% (26ª maior) | R$ 2.686 (20º menor) |
Porto Alegre – RS | 25,3% | 6,9% (21ª maior) | R$ 3.006 (24º menor) |
Belo Horizonte – MG | 25,0% | 9,3% (13ª maior) | R$ 2.839 (21º menor) |
Vitória – ES | 25,0% | 8,5% (16ª maior) | R$ 3.951 (27º menor) |
Curitiba – PR | 24,7% | 5,5% (25ª maior) | R$ 2.858 (22º menor) |
Campo Grande – MS | 24,4% | 5,2% (27ª maior) | R$ 2.036 (11º menor) |
São Paulo – SP | 23,9% | 8,9% (14ª maior) | R$ 3.368 (25º menor) |
Florianópolis – SC | 22,3% | 5,9% (23ª maior) | R$ 2.962 (23º menor) |