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Política

“A sonegação é tão ou mais cruel que a corrupção”, diz Laerte Gomes

Terça-feira, 05 Abril de 2016 - 22:06 | Da Assessoria


Parlamentar tece duras críticas ao aumento de impostos e a sonegadores

Em discurso na tribuna da Assembleia Legislativa nesta terça-feira (5), o deputado Laerte Gomes (PSDB) fez duras críticas ao que classificou como leniência do governo em relação a sonegadores fiscais. Segundo o parlamentar, para tentar resolver o problema da crise econômica o governo vende aos brasileiros a ideia de que é necessário o sacrifício da população.

“O povo, segundo esse discurso, é obrigado a suportar a carga dos impostos. O que o governo não conta é que existe outro caminho para fechar essa conta. Existem meios que não seja atacar o bolso do cidadão comum”, disse Laerte.

Para o deputado, não há esforço concentrado de combate à sonegação pelo Executivo, um mal que gera prejuízos na ordem de R$ 1,46 trilhão aos cofres públicos.

“É muito dinheiro sonegado. Dinheiro que poderia ser investido na combalida saúde, na educação, na infraestrutura. Se fosse feita a cobrança não haveria necessidade de aumentar impostos”, argumentou o deputado.

Prevendo o envio de futuros projetos do governo para aumento de impostos em Rondônia, o parlamentar avaliou que havendo o repasse devido de tributos embutidos nos preços de produtos e serviços, não há necessidade de sacrificar a população com novos reajustes.

“O problema é que alguns empresários, geralmente os grandes, retêm o imposto e não repassam esse valor para o fisco. Roubam esse dinheiro como se fosse deles. Essa é a pior corrupção que existe”, discursou Laerte.

Ao final do pronunciamento, o parlamentar chamou a atenção do Ministério Público de Rondônia para que cobre do Executivo maior eficácia na arrecadação desses impostos, expurgando a prática de sonegação no Estado. Segundo ele, não adianta o governo reclamar de queda na arrecadação se não apresenta esforços para garantir o cumprimento de obrigações dos devedores.

“Não podemos ficar aqui votando aumento de novos impostos, quando o Estado tem centenas de milhões de reais para receber de grandes empresas de Rondônia. Elas se apoderam do que não é seu, que é o dinheiro do imposto que foi pago pelo cidadão para que fosse repassado ao governo. E ainda tem quem se diz moralista, pai da honestidade. A sonegação é tão ou mais cruel que a corrupção”, concluiu Laerte Gomes, abrindo 12 apartes para os demais deputados debaterem o tema.

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