Investigado pelo MP, vereador Fogaça usa assessores da Câmara para atacar deputados

Com várias cautelares judiciais determinadas pela Justiça, como manter distância de testemunhas sob pena de prisão preventiva, o vereador e empresário Everaldo Fogaça está utilizando assessores de seu gabinete na Câmara Municipal para atacar deputados estaduais, postando matérias caluniosas em sites investigados por fazer parte do esquema de desvio de milhares de reais da publicidade oficial do Governo de Rondônia. Num deles, o Portal 364 está registrado no nome do estudante de Medicina, Michael Tezner Costa, que apesar de nunca ter militado na imprensa rondoniense possui até DRT, mas o operador é seu pai, Moisés Leôncio Costa, lotado no gabinete do vereador Everaldo Fogaça. 

Essa página tem se dedicado a denegrir a imagem dos parlamentares, a exemplo dos deputados Alex Redano e Ribeiro do Sinpol, duas autoridades a quem Fogaça reputa todos os seus problemas jurídicos. Esse portal tem colocado dia a dia a emissão de diárias até dos servidores que vão trabalhar no interior do Estado a serviço da Casa de Leis, tentando criar uma narrativa de que as viagens são mero turismo nos municípios e em outros estados. Fogaça ficou irritado porque a Assembleia Legislativa, após recomendação do Ministério Público, onde há uma grande investigação sobre o esquema liderado pelo vereador, resolveu suspender a publicidade nos sites “fantasmas”.

Na semana passada, através de áudios de WattsApp espalhados para várias pessoas do Estado, Fogaça disse estar sendo vítima de um complô político para tomar seu mandato e até sua vida. Culpou deputados pela tentativa de suicídio da filha, que está envolvida em outra operação policial. 

Na verdade, o vereador é acusado de desviar milhares de reais das verbas publicitárias do Governo de Rondônia utilizando familiares, amigos e assessores com apoio de servidores do alto escalão do próprio Poder Executivo, que ainda mantém elevados CDS nas secretarias estaduais. A ideia é tentar se fazer de vítima e garantir ao menos sua liberdade, já que ele está sob cautelar por ameaças testemunhas do caso. 

O jornalista Nilton Salina, a quem Fogaça também calunia nos áudios, mostrou o modus operandi do vereador em seu blog pessoal. Clique aqui.