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Lancheiras compradas pela prefeitura permanecem no almoxarifado e servidores desconhecem utilidade

Quarta-feira, 02 Julho de 2025 - 09:26 | Redação


Lancheiras compradas pela prefeitura permanecem no almoxarifado e servidores desconhecem utilidade

As 33 mil lancheiras compradas pela Secretaria Municipal de Educação (Semed) através de carona em Ata de Registro de Preço do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento do Norte e Noroeste Fluminense (CIDENNF) pagas e entregues há mais de 30 dias continuam no almoxarifado da prefeitura. Nas escolas municipais, nem diretores ou professores não fazem ideia do que farão com essas lancheiras, já que os alimentos aos alunos, quando não estão em falta, são servidos na própria escola, acompanhados por nutricionista.

Na tarde desta terça-feira, após a sessão ordinária da Câmara, o vereador Devanildo Santana esteve na Escola São Pedro e questionou os servidores sobre as lancheiras. “Ninguém sabe a finalidade dessas lancheiras. Nem que elas existem”, disse Santana. Ele vai encaminhar ofícios ao secretário Leonardo Pereira Leocádio cobrando informações sobre esse processo de aquisição, já que foram pagos R$ 1.881.000,00 pelas 33 mil lancheiras. No documento, Santana vai perguntar: Qual é a real finalidade dessas lancheiras?; Elas estão, de fato, sendo utilizadas de forma funcional pelas crianças?; e Qual o impacto direto desse investimento na rotina escolar dos nossos alunos?

Polícia Federal é comunicada

Como se trata de recursos do Fundo de Desenvolvimento Nacional da Educação (FNDE), a denúncia de possível superfaturamento foi encaminhada à Polícia Federal pelo vereador Marcos Combate. No mês de maio, a Semed pagou mais de R$ 1,8 milhão para a empresa Metah Ltda, que venceu a licitação do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento do Norte e Noroeste Fluminense (CIDENNF). Combate fez uma cotação em Porto Velho, e descobriu que a mesma lancheira sairia muito mais e conta no comércio local. 

Para a oposição na Câmara, não houve necessidade da compra desse material. Na época, não havia merenda escolar, não há até hoje uniforme e o transporte escolar está apresentando problemas. 

O RONDONIAGORA já havia alertado que a compra era desnecessária, já que não havia nem merenda para por nessas lancheiras. Em artigo, a jornalista Ivonete Gomes escreveu sobre o assunto: (https://www.rondoniagora.com/colunistas/ivonete-gomes/lancheiras-para-criancas-pobres-encherem-de-vento-ou-alguem-encher-os-bolsos)

Faltaram caixas na entrega

A servidora Laila Miranda, gerente de Divisão, assinou o recebimento da Nota Fiscal 01524 emitida pela Metah Ltda, mas deixou claro na própria NF que faltavam pelo menos 5 caixas com 365 lancheiras. Não houve notícia até hoje da entrega desse material que faltou, mas é possível observar o recado deixado pela servidora na NF. 

O secretário Leonardo Leocádio ou mesmo o prefeito Léo Moraes não falam sobre o assunto.

Rondoniagora.com

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