Política
Léo Moraes turbina salários de grupo seleto de assessores com jetons; despesa chega a R$ 2,1 milhões
Sexta-feira, 22 Agosto de 2025 - 12:55 | Redação

Um grupo seleto e privilegiado de 15 assessores de confiança do prefeito de Porto Velho, Léo Moraes (Podemos), garantiu uma turbinada em seus salários com a injeção de jetons no contra-cheque. Somadas durante 12 meses, as despesas com o “extra” podem chegar a casa de R$ 2,1 milhão. Os maiores salários e gratificações na gestão foram direcionados para quem deveria zelar e garantir a economia da máquina pública, e não privilégios: Márcio Rogério, secretário de Planejamento; e Wagner Garcia, secretário de Fazenda.
Longe dos holofotes das redes sociais, plataformas que usa para gravar vídeos com pequenas ações para alavancar o engajamento da população, Léo Moraes legalizou os supersalários dos seus assessores mais próximos na calada. Ele enviou um projeto à Câmara de Vereadores de Porto Velho alterando a Lei 385/2010, inserindo no Artigo 76 a gratificação de 10% sobre o vencimento bruto para o assessor que estiver em grupos de trabalho. Léo também enviou um segundo projeto, permitindo que o secretário pudesse participar de mais de 3 grupos, turbinando os salários.
Um desses grupos de trabalho foi instituído pelo Decreto 20.794 de fevereiro de 2025, nomeando Wagner Garcia e Márcio Rogério para uma “Comissão Técnica de Equilíbrio Financeiro e Fiscal, de natureza transitória, para acompanhar os dados relativos a gestão administrativa, orçamentária, contábil e financeira de Porto Velho”. Essa comissão tinha 6 meses de duração, mas na semana passada, Léo Moraes publicou um segundo decreto, (21.254, de 19 de agosto d 2025), dando prazo de 12 meses para a comissão. Ou seja, Wagner e Marcio Rogério tem garantindo por 1 ano, podendo ser renovado por mais 12 meses, o jetom tornando seus salários milionários.
Os dois principais secretários já recebem mais de R$ 29 mil para realizar o mesmo trabalho. “É um extra pago para fazer o mesmo serviço para qual já ganha salário”, disse o vereador Marcos Combate, que denunciou a farra dos jetons no Instagram.
Outra situação inusitada é do irmão do prefeito: o secretário de Esporte, Turismo e Lazer, Paulo Moraes Junior. Ele recebe jetom para presidir uma comissão que estuda o retorno do passeio de trem. Ele faz parte de outros grupos de trabalho, que na verdade não passam de meras formalidades para turbinar seus salários.
Veja quanto cada secretário ganha de jetom:
Sérgio Paraguassu: R$ 15.183,26
Oscar Netto: R$ 22.345,16
Paulo Moras Junior: R$ 12.745,38
Alex Palitot: R$ 11.981,50
Thiago Catanhede: R$ 17.548,48
Iremar Lima: R$ 6.720,20
Cesar Marini: R$ 7.480,51
Bruno Holanda: R$ 10.067,33
Renato Muzzulon: R$ 10.067,33
Mariana Prado: R$ 7.417,18
Leonardo Leocádio: R$ 4.646,80
Cesar Marini: R$ 6.061,54
Ian Barros: R$ 14.722,08
Marcio Rogério: R$ 22.383,95
Wagner Garcia: R$ 12.550,26