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Máximo deixa herança maldita na Saúde e, nas investigações da PF sobre a Covid, disparou: “Iriam morrer de qualquer forma”

Terça-feira, 29 Julho de 2025 - 10:12 | Redação


Máximo deixa herança maldita na Saúde e, nas investigações da PF sobre a Covid, disparou: “Iriam morrer de qualquer forma”

Disposto a concorrer ao Governo de Rondônia, o deputado federal Fernando Máximo (União Brasil) deixou um legado de suspeitas de corrupção e recebimento de propina no pior momento da Saúde pública de Rondônia, durante a pandemia da Covid-19. Ao lado do governador Marcos Rocha, Máximo também é responsável pelo fracasso da construção do novo Hospital de Urgência e Emergência, que viria substituir o Pronto Socorro João Paulo II. Máximo e Rocha venceram as eleições em cima de uma grande farsa sobre a melhoria da Saúde rondoniense ao utilizar caminhões e máquinas do próprio Estado para teatralizar uma construção de um hospital que já sabiam que nunca sairia do papel. 

Máximo também demonstrou desprezo a vida humana, quando questionado pela Polícia Federal sobre seu envolvimento na Operação Polígrafo, disparou: “Iriam morrer de qualquer forma”. O ex-secretário de Saúde tentou justificar a compra de 100 mil kits de testes da Covid de uma empresa de fundo de quintal e sem o devido registro da Anvisa. No dia 16 de agosto, a Polícia Federal realizou a terceira fase da Operação Polígrafo. Máximo foi responsável pela negociação e compra do material, pagou R$ 3 milhões adiantados e ainda determinou que o Corpo de Bombeiros utilizasse um avião da corporação para buscar os testes. 

Na primeira fase, apurou-se que os 100 mil kits de testes rápidos não funcionavam e que havia um esquema de corrupção ativa e passiva envolvendo empresários e políticos ligados à Sesau. Na segunda fase, realizada em agosto de 2022, levantou-se que houve prévio direcionamento por parte de gestores da Sesau na contratação da empresa, sendo que aproximadamente R$450 mil do valor do contrato seria pago em forma de propina. Além disso, há evidências de possível oferecimento de vantagem indevida a funcionários da Anvisa para acelerar o processo de registro dos testes. Os testes comprados pela Sesau tiveram um superfaturamento de 39,43%.

Envolvido no esquema, Máximo foi chamado a Polícia Federal. Em seu depoimento, tentou justificar a compra, alegando que não havia teste disponível no mercado, e afirmou a famosa frase de que as pessoas infectadas iriam morrer de qualquer maneira. Ou seja, com teste funcionando ou não a sentença de morte já era certa. As palavras foram ditas por quem utilizou a palavra de Deus e a fé alheia de milhares de evangélicos para galgar um cargo público eletivo. Hoje, ele desfila nos eventos religiosos, chegando a chorar durante suas orações, para manter cativo esse eleitorado.

A grande farsa do HEURO orquestrada por Marcos Rocha e Fernando Máximo

O estado deplorável da Saúde não é culpa somente da má gestão do Governo Marcos Rocha. Mas tem raízes em seus gestores que utilizaram a pasta para compras e contratos suspeitos e venderam ilusões para a população rondoniense. Na página oficial do Governo de Rondônia, é possível observar a imagem histórica do governador Marcos Rocha, a primeira-dama Luana Rocha, e o ex-secretário Fernando Máximo pulando de alegria pelo lançamento de uma placa da chamada pedra fundamental do futuro HEURO, na zona leste de Porto Velho. Na época, Máximo e o governador foram até São Paulo em busca de um consórcio para construir o prédio com base no modelo Built to Suit (BTS), para garantir justamente agilidade na obra. Vejam a frase do governador:  “Outros estados já estão tendo Rondônia como exemplo”. Não se sabe qual exemplo: do descaso ou má gestão de recursos públicos da Saúde. Na época, Fernando Máximo também declarou que o João Paulo II precisaria de mais leitos para atender a demanda e o custo, na época, seria de R$ 4 milhões para manter os pacientes.

Como candidato a governador, Máximo deve fazer nova promessa da construção de um novo pronto socorro estadual. Promessas que já foram feitas por ele mesmo, Marcos Rocha e até pelo ex-governador e senador Confúcio Moura, cujos esqueletos do seu “HEURO” podem ser vistos ao lado do Hospital Infantil Cosme e Damião.

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