O governador Marcos Rocha finalmente anunciou seus representantes, que começaram a trabalhar nesta quinta, em parceria com a equipe de Daniel Pereira, para preparar a futuro administração do Estado. O destaque são cinco mulheres designadas, uma boa participação feminina, o que demonstra a preocupação do Coronel em valorizá-las. A grande maioria dos nomes, contudo, é desconhecida dos rondonienses, mas há alguns que se destacam, como o jovem empresário Júnior Gonçalves, o competente médico Fernando Máximo, um dos maiores cirurgiões do Estado; o professor Suammy Vivecananda; o advogado Richard Campanari (nome que a coluna publicou erroneamente ontem e que agora corrige); a advogada Erika Gerhardt; o coronel da PM Delner Freire; o delegado da Polícia Civil, Hélio Gomes Ferreira, entre vários outros. A relação tem pelo menos uma dezena entre agentes penitenciários, policiais civis, bombeiros e policiais militares. Gente que trabalhou com Marcos Rocha quando ele foi secretário da Sejus, também foi convocada. Há também gente (do interior) escolhida que precisa ser melhor avaliada, até pelos vários processos judiciais que responde. Basta acessar pelo nome, para se saber os detalhes. E é bom que Rocha faça isso logo, já que garantiu que sua equipe não teria qualquer nome sob suspeita. Dessa relação, aliás, podem sair nomes que vão compor o futuro secretariado. Vamos ver agora o resultado do trabalho desse grupo, escolhido a dedo pelo novo governante rondoniense, que assume em janeiro.
Enquanto isso, o governador eleito está isolado, blindado, praticamente escondido. É assim que ele está trabalhando, enquanto se reúne com uma pequena equipe, começando pelo que já fez: a montagem do seu time para a transição. Agora, passa a tratar da escolha de seu secretariado e, ainda, preparar os primeiros atos da sua futura administração. O Coronel, eleito dia 28 com mais de meio milhão de votos, uma votação recorde em Rondônia, não pode errar. Por isso, tem se concentrado na preparação do seu governo, que começa no primeiro dia do ano que vem. Evitando qualquer declaração à imprensa e tratando dos assuntos da sua pauta com absoluto sigilo (os que foram convidados, tendo aceitado ou não a missão, deram suas palavras de que não comentarão nada), Marcos Rocha quer paz e tranquilidade para tomas suas decisões. Além disso, o isolamento traz outro benefício: ele escapa dos sanguessugas que querem assediá-lo em busca de cargos no novo governo. O que se ouve é que Rocha vai mudar tudo, radicalmente, na sua administração, renovando todos os ocupantes dos cargos em comissão. Afora isso, quase nada mais se sabe, até porque, depois dos primeiros dias em que concedeu várias entrevistas, ele passou a ignorar a imprensa.
Economia de 20 milhões em dois anos
Operação policial realizada na Semtran, em busca de documentos, não ficou muito clara. A investigação é sobre contratos da empresa que presta serviços ao município na sinalização do trânsito. Qual o problema? Simples. Até 2016, o contrato era milionário. Por exemplo: em 2015 o município pagou mais e 9 milhões 536 mil reais, num contrato que teve deságio de apenas 2,02 por cento. Já em 2016, o mesmo contrato, pelos mesmos serviços, teve pagos, pela administração da época (Mauro Nazif), mais 9 milhões por parte do município e ainda cerca de 5 milhões de reais de recursos do Detran, totalizando 14 milhões num só ano. Somando-se 2015 e 2016 e apenas no contrato com a Imagem e Som, a Prefeitura de Porto Velho pagou mais de 23 milhões de reais. Nunca, em todo o período de duração desse contrato, na administração passada, houve qualquer ação policial na Semtran, contestando essa fortuna. Assumiu o novo governo de Hildon Chaves. Em 2017, o mesmíssimo contrato com a mesma empresa, teve gastos de apenas 2 milhões e 31 mil reais. Neste ano, até agora, os pagamentos (mesmo contrato, mesma empresa) custaram menos ainda: 1 milhão e 305 mil reais. Ou seja, nos dois anos do atual governo municipal, para o mesmo prestador de serviços, para o mesmo contrato, foram pagos 20 milhões de reais a menos. Mas a operação policial foi feita na Semtran só agora. Para quem é leigo, fica a dúvida: por que só agora, quando o dinheiro pago hoje é muito menos? Ou será que os levantamentos vão servir para comparar os dois períodos? Vinte milhões de reais é uma diferença inacreditável. Não seria lógico a população saber exatamente que operação policial é essa e qual sua intenção? Porque até agora, quem tem os números comparativos, não entendeu nada.
Caso Sedam ainda vai longe
Em 2017, o coronel Vilson Sales, então superintendente da Sedam, denunciou uma série de irregularidades. Nada aconteceu. Os problemas continuaram, até que explodiu a Operação Pau Oco, que recém está levantando as primeiras e incríveis provas de que há algo de muito podre no Reino da Dinamarca/Sedam. O caso não envolve apenas suspeitas de se impor tantas dificuldades para vender facilidades, mas até sobre diárias e viagens, que teriam beneficiado apenas um pequeno grupo dentro da Secretaria, não por coincidência, vários daqueles que foram presos ou afastados temporariamente do serviço público, por decisão judicial. A verdade verdadeira é que as denúncias e suspeitas de que havia algo de muito errado pelos lados da Sedam não são coisa nova. Pelo contrário. Cabe agora às investigações separar o joio do trigo, ou seja, os culpados dos inocentes e denunciar quem merece ser preso, além de devolver o que não merecia ter ganho. Não há necessidade de exageros nem caça às bruxas: uma boa investigação vai descobrir toda a podridão embaixo do tapete, até porque boa parte dela já era de conhecimento de muita gente. Espera-se que a polícia divulgue tudo o que descobrir, porque a população merece saber.Preso dentro do avião
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