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Chico Mendes é anistiado após 20 anos do assassinato - Por Altino Machado

Quarta-feira, 10 Dezembro de 2008 - 09:33 | Altino Machado


A Comissão de Anistia do Ministério da Justiça aprovará hoje, em Rio Branco (AC), a condição de anistiado político post-mortem do líder sindical e ecologista Francisco Alves Mendes Filho, o Chico Mendes, cujo assassinato completará 20 anos no próximo dia 22. A viúva Ilzamar Mendes protocolou o pedido de anistia há três anos e, a partir de agora, a família do seringueiro terá direito a receber indenização pelo fato de ele ter sido perseguido pela ditadura militar.



Chico Mendes foi enquadrado na Lei de Segurança Nacional (LSN), em 1980, juntamente com os sindicalistas Lula, Jacó Bittar, João Maia e José Francisco, por incitação à desordem e ao crime. Foram acusados de envolvimento na morte do capataz Nilo Sérgio. “Nilão”, como era conhecido, foi emboscado por trabalhadores e assassinado a tiros de espingarda, após o assassinato de Wilson Pinheiro, então presidente do Sindicatos dos Trabalhadores Rurais de Brasiléia, dentro da sede da entidade.

O julgamento do processo do seringueiro faz parte da extensa programação, no Acre e em outras regiões do país, para marcar os 20 anos do assassinato de Chico Mendes, que começou a atuar no movimento sindical nos anos 70 e ajudou a fundar o PT no Estado.

Chico Mendes foi enquadrado na Lei de Segurança Nacional (LSN), em 1980, juntamente com os sindicalistas Lula, Jacó Bittar, João Maia e José Francisco, por incitação à desordem e ao crime. Foram acusados de envolvimento na morte do capataz Nilo Sérgio. “Nilão”, como era conhecido, foi emboscado por trabalhadores e assassinado a tiros de espingarda, após o assassinato de Wilson Pinheiro, então presidente do Sindicatos dos Trabalhadores Rurais de Brasiléia, dentro da sede da entidade.

Chico Mendes e seus companheiros participaram, em Brasiléia, de um ato de protesto contra o assassinato de Wilson Pinheiro. Na ocasião, diante de centenas de trabalhadores rurais, Lula usou durante o discurso a expressão “está na hora da onça beber água”, o que teria, na avaliação da ditadura, sido o sinal para que os seringueiros assassinassem “Nilão” como vingança.

Em 1983, os cinco sindicalistas foram julgados e absolvidos pelo Tribunal Militar de Manaus.

A sessão em Rio Branco é a 17ª edição (última deste ano) da Caravana da Anistia. Desde abril, quando foi lançada, passou por onze estados. A análise dos requerimentos tem ocorrido nos locais onde se deram os fatos, a pretexto de contribuir para a divulgação da história do país, para o fortalecimento da democracia e para uma maior transparência dos trabalhos da Comissão de Anistia, que já apreciou mais de 40 mil pedidos em oito anos.


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