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Jovens invadem centro cirúrgico de hospital e retiram mulher grávida sem autorização médica

Terça-feira, 27 Dezembro de 2016 - 14:51 | da Redação


Jovens invadem centro cirúrgico de hospital e retiram mulher grávida sem autorização médica

Um grupo de jovens invadiu o centro cirúrgico do Hospital Municipal Laura Maria Carvalho Braga em Ouro Preto do Oeste e retirou uma grávida de 22 anos que estava em observação médica, sem a autorização do profissional. O caso aconteceu no domingo (25).


Segundo relatos dos funcionários, os jovens chegaram ao hospital com dois veículos e, aparentemente embriagados. O caso foi registrado na ficha de atendimento da jovem pelo clínico geral Mário B. Mata, plantonista que recebeu a grávida e decidiu levá-la para o centro cirúrgico e receitou a aplicação de uma medicação para dor, porque ela relatava sintomas de constante dor abdominal.


De acordo com a ficha do HM, a jovem que disse ser moradora de Espigão do Oeste e trabalha para a prefeitura no setor de saúde pública preventiva. Ela teria chegado por volta das 2h05min e pouco mais de 20 minutos depois, os jovens entraram no centro cirúrgico. O médico relata que às “2h28 a paciente foi levada por acompanhantes após invasão do centro cirúrgico para outro hospital, sem a autorização médica”.


O centro cirúrgico de uma unidade hospitalar é uma área restrita e o tráfego no setor só é permitido a equipe de saúde, com uso de máscaras, toucas, roupas privativas e técnicas assépticas.
Segundo a enfermeira que trabalhou no plantão, das 19 horas do dia 24, até às 19 horas do domingo de Natal, o médico se queixou que os jovens chegaram a discutir para onde iriam levar a jovem grávida, foi sugerido à cidade de Ji-Paraná, e um deles teria questionado como eles iriam passar no posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF), embriagados como estavam.


Os funcionários do hospital relataram que os homens entraram todos juntos sem permissão e foram direto para a área que é restrita apenas aos médicos, enfermeiros e técnicos assistentes, e decidiram por conta própria retirar a grávida do hospital. No HM de Ouro Preto não existe guarita, apenas um servidor na portaria para controlar a entrada de pessoas.


Segundo trabalhadores da unidade hospital, o episódio serve para mostrar a fragilidade a que são submetidos os funcionários do Hospital Municipal em épocas festivas, quando pessoas embriagadas e alteradas se deslocam a unidade hospitalar e não respeitam os profissionais médicos e servidores públicos, que em muitos casos são ofendidos.


Ao tomar conhecimento dos fatos, o prefeito Alex Testoni disse que está no final do mandato e não pode resolver essa questão, mas que vai sugerir ao futuro prefeito Vagno Panisoly que faça algo para garantir a restrição do acesso a locais proibidos do HM, para dar mais segurança aos funcionários. “Uma pena que aconteceu isso, é a primeira vez em oito anos, mas já aconteceram outras coisas também bastante chatas para os funcionários durante este mandato, algumas pessoas aprontaram no hospital”, lamentou.

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