Cenário
Gordo salário da Prefeitura para ficar em casa
Terça-feira, 23 Setembro de 2025 - 07:17 | Cenário

São graves as denúncias do vereador Marcos Combate (AGIR) sobre a existência de servidores comissionados recebendo gordos salários sem bater ponto na Secretaria de Governo (SGOV) e passar o tempo em casa, aguardando o pagamento cair na conta do Banco do Brasil. Combate não soube precisar quantas pessoas estão usufruindo esses privilégios, mas revelou que mais de 200 estão nomeadas na SGOV ganhando até R$ 30 mil com salários e jetons. O vereador, notoriamente oposição a gestão Léo Moraes, prometeu divulgar o nome de cada um deles em suas redes sociais. Esses dias ele esteve no prédio do Relógio para verificar se realmente esses 200 cargos estavam exercendo suas funções. Pelo visto, parece que não.
Caso Plator e Eixo Norte
Com ajuda de parte da imprensa, já que a maioria está comprometida com a gestão Léo Moraes, Combate encontrou resposta as suas denúncias no Tribunal de Contas de Rondônia, garantindo a suspensão dos contratos da Plator Engenharia e Eixo Norte, economizando mais de R$ 60 milhões aos cofres públicos. Léo Moraes pode ter bom engajamento nas redes sociais, curtidas recordes, mas essa mancha no início do seu Governo não será apagada, e sempre será lembrada como méritos do vereador Combate, da imprensa livre e do Tribunal de Contas.
Novo embate em 2026
Léo começou uma narrativa para destruir a reputação do ex-prefeito Hildon Chaves. Quando a coisa é ruim, ele joga toda a culpa na gestão passada. E quando é boa, ele toma para si o mérito, como fez na Praça Marise Castiel. Léo foi para as redes sociais dizer que a obra estava parada e ele tomou para si a responsabilidade de acelerar os serviços. Ora, a obra estava sob a responsabilidade da Caixa Econômica Federal (CEF) porque se tratava de recursos da União, alocados através de emendas da ex-deputada federal Mariana Carvalho. O avanço dos serviços dependia da medição dos engenheiros da Caixa Econômica, e não da prefeitura. No próximo ano, o embate será mais feroz pelo visto, já que o Podemos, partido de Léo Moraes, deve lançar o vice na chapa do deputado Fernando Máximo.
TCE não gosta da Marquise
Pelos movimentos dos conselheiros do Tribunal de Contas, o caso com a Marquise virou pessoal. Virou questão de honra para os membros da Corte expurgar a empresa de Porto Velho, mesmo às custas da qualidade dos serviços a serem prestados na coleta de resíduos sólidos. Além de exigir o cumprimento de seus acórdãos, licitando um novo contrato emergencial baseado apenas no preço, deixando de lado a técnica, justamente onde se atesta a qualidade e capacidade do futuro prestador de serviços, o Tribunal de Contas criou uma comissão de técnicos para averiguar o prejuízo à gestão pública pela desobediência às suas determinações, no caso a insistência da gestão passada, assegurada pelo Judiciário, para licitar e contratar o grupo Marquise.
Conclusões óbvias
Usando métricas e modelos do Tribunal de Contas da União, a comissão averigou prejuízo porque a Marquise não construiu o Centro de Tratamento de Resíduos (CTR), insistindo em levar os dejetos para o aterro privado da Amazon Fort, e não deu início das obras de transbordo do Alto Madeira. Ora, quem em são consciência vai investir um único centavo em um local onde o Tribunal de Contas meteu o bedelho e quer acabar com sua atividade?
Limite de pagamento
Nas conclusões da comissão, o relatório pede o pagamento limitado a pouco mais de R$ 3 milhões. Como chegaram a esse número? Tiraram uma média dos orçamentos apresentados por três empresas na licitação emergencial feita a toque de caixa pela gestão Léo Moraes. E olha que os técnicos disseram que tiveram apoio de uma “consultoria especializada de alto nível”. Pelo menos é o que diz o Item 11 da Decisão Monocrática DM n. 0138/2025-GCESS, publicado no Diário Oficial do TCE da última quinta-feira.
Decisão do próprio TCE inviabilizou investimentos
No ano passado, o grupo Marquise iniciou as obras orçadas em R$ 50 milhões e o endereço do novo aterro era justamente em frente a antiga Vila Princesa, assegurando a viabilidade descrita no contrato atual, combatido pela auditoria, e prevendo impacto social para as famílias que deixaram de viver dos lixões a céu aberto naquela localidade. Mas, obviamente, as ações foram paralisadas dado ao clima conflituoso criado pelo próprio Tribunal de Contas que exigiu uma licitação emergencial, feita às pressas pela gestão Léo Moraes, retirando o grupo Marquise do contrato. Da mesma forma, as obras de transbordo do Alto Madeira, calculadas em R$ 4 milhões, também não saíram do papel, porque a empresa não tem segurança jurídica do cumprimento do contrato firmado com a prefeitura.