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NO DEBATE DA REDE TV, SUSSUARANA CALA CONFÚCIO E VALVERDE; EXPEDITO ATACA CAHULLA E CASSOL

Quarta-feira, 15 Setembro de 2010 - 00:34 | RONDONIAGORA


O candidato do PSOL, Marcos Sussuarana, calou os concorrentes Eduardo Valverde (PT) e Confúcio Moura (PMDB) no debate promovido pela Rede TV na noite desta terça-feira. O petista desconversou quando foi acusado de patrocinar Emenda à Constituição (PEC) acabando com o Regime Jurídico Único do funcionalismo público e Confúcio Moura ficou sem voz quando foi lembrado por Sussuarana do benefício financeiro concedido pelo Governo Federal quando uma grande área de terra de sua propriedade foi adquirida pelo INCRA para criar um projeto de reforma agrária. O candidato do PMDB defendeu reforma agrária estadual, mostrando-se profundo conhecedor do assunto já que recebeu mais de R$ 6,5 milhões pela venda de uma área de terra para assentar sem-terra.

Esses dois aspectos, somado aos ataques do ex-senador Expedito Junior (PSDB) e Confúcio Moura ao governador João Cahulla (PPS), esquentaram o debate realizado pela emissora da família Gurgacz. A última parte do programa foi dedicada a perguntas livres entre os oponentes. Confúcio e Expedito decidiram centralizar as perguntas a João Cahulla. Confúcio chegou a dizer que Cahulla não apoiava os municípios, quando na realidade o governador mostrou que Ariquemes, cidade na qual o peemedebista foi prefeito até março desse ano, recebeu recursos do FITHA para manutenção de estradas, agroindústrias para produtores, parceria na área de saúde, entre outros benefícios, omitidos pelo candidato do PMDB.

Velhas promessas

Os primeiros blocos do debate da Rede TV foram fracos. Os candidatos apresentaram velhas promessas de campanha, a exemplo da regionalização da saúde pública, valorização dos profissionais da educação, proteção ao meio ambiente, desenvolvimento sustentável e mais polícia nas ruas.  Nessa primeira fase, chamou atenção a frase do ex-senador Expedito Junior, que ironizou Confúcio Moura que antes apresentara uma folha de papel em branco afirmando que ali seria escrita com o povo a nova historia de Rondônia. “Diferente de quem traz uma folha limpa, trago um plano de Governo”, disse Expedito, que nos últimos blocos atacou o ex-governador Ivo Cassol (PP), seu ex-amigo e ex-compadre, dizendo que iria acabar com a proteção policial aos ex-governadores.

Propostas vazias

A exceção do governador Cahulla, que não fez promessas, mas apenas garantiu que iria continuar as ações de Governo, Confúcio Moura e Expedito Júnior insistiram nas velhas promessas de campanha sobre a regionalização da saúde, mais policiais nas ruas e aumento do salário dos professores. Expedito prometeu encaminhar o PCCS (Plano de Cargos e Salários) de todo funcionalismo para Assembléia Legislativa no primeiro dia de Governo num passe de mágica. Esqueceu que ex-governador Cassol, na qual participou do Governo ativamente até o início do ano, dividiu o PCCS de todas as categorias, inclusive da Educação.

Confúcio Moura não respondeu de forma objetiva as perguntas, uma dos telespectadores sobre como faria para receber o PIS na lavoura. Outra, do apresentador a respeito da segurança pública, disse entender que a redução da violência passa pela saúde, educação e investimentos na área social. Condenou as investigações da Polícia Civil, que, segundo ele, pega 10 ou 12 casos e o resto deixa de lado, não explicando se os profissionais do setor o fazem por preguiça ou falta de gerenciamento da pasta. Nesse aspecto, Expedito cometeu nova gafe ao dizer que iria dotar de autonomia financeira e orçamentária a Polícia Militar e a Polícia Civil. O Plano de Segurança Nacional criado pelo Governo Federal para ajudar os estados prevê a unificação das polícias e o gerenciamento único das forças. A integração foi iniciada ainda na gestão do ex-governador José Bianco, hoje prefeito de Ji-Paraná.

Cahulla alerta para compradores de voto, mas Confúcio defende Expedito

O debate da Rede TV também deixou patente a parceria estabelecida entre os candidatos Confúcio Moura (PMDB) e Expedito Junior (PSDB). Quando o governador Cahulla alertou para os compradores de voto, Confúcio saiu em defesa de Expedito Junior – único dos candidatos presentes cassado por compra de votos no Tribunal Superior Eleitoral – dizendo que o governador deixasse de fazer insinuações contra outros concorrentes. “Não me vanglorio de ser ficha limpa. E não estou em cima do muro, mas o senhor não pode insinuar essa questão do ficha limpa a outros candidatos”, reafirmou Confúcio, defendendo o novo colega, Expedito Junior.

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