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Ameaçado de morte, ex vice-prefeito de Vilhena não pode ir à sede de sua fazenda

Quarta-feira, 03 Agosto de 2011 - 18:14 | Folha do Sul on Line



Revoltado com a situação, Ilário disse que vive sob constantes ameaças de morte há mais de seis anos, quando o primeiro grupo de sem-terra se instalaram em sua propriedade, que fica na Linha 85, a cerca de 30 km de Chupinguaia. O fazendeiro não pode ir à parte fundiária da propriedade, onde estão os invasores, há mais de um ano. Na própria sede Ilário não pisa os pés há dois meses.

Revoltado com a situação, Ilário disse que vive sob constantes ameaças de morte há mais de seis anos, quando o primeiro grupo de sem-terra se instalaram em sua propriedade, que fica na Linha 85, a cerca de 30 km de Chupinguaia. O fazendeiro não pode ir à parte fundiária da propriedade, onde estão os invasores, há mais de um ano. Na própria sede Ilário não pisa os pés há dois meses.

Presidente da Aviagro, entidade que organiza a Expovil, Bodanese, que também já foi vereador e vice-prefeito de Vilhena, recebeu recados de que seria assasinado durante a feira agropecuária. Apesar de reforçar a segurança, teme que as ameaças sejam cumpridas.

De acordo com o produtor rural, um de seus empregados, de nome Elson Martins de Souza (na casa de quem foi encontrado o revólver), saiu da fazenda expulso pelos invasores, que inclusive atearam fogo em sua casa, quando ele já não estava mais lá. Pai de um jovem deficiente, Elson lamentou que inclusive laudos médicos do garoto tenham sido incinerados durante o atentado.

“A história da família foi toda destruída, incluindo fotos e documentos”, resume o advogado Armando Krefta, que tenta na justiça desocupar a área invadida. “É preciso que o Brasil reveja alguns conceitos, pois enquanto trabalhadores honestos são presos por ter uma arma em casa, coisa comum na zona rural, os verdadeiros marginais estão soltos, queimando casas, matando gado a tiros e expulsando as famílias”, argumenta o advogado.

Vacas mortas – Além dos atos de violência, os invasores, segundo Ilário, vêm praticando vandalismo e matando seu rebanho. Pelo menos 50 reses já foram mortas na fazenda de Bodanese, sem contar outras abatidas, a tiros ou queimadas em incêndios propositais nas propriedades vizinhas. Muitos dos animais são comidos pelos próprios “grileiros” em animados churrascos à luz da lua.

Quem são os invasores – Ilário diz ter informações dando conta de que boa parte dos que tentam tomar á força suas terras não é gente que quer trabalhar no campo. Há, no atual grupo, de cerca de 80 pessoas, comerciantes estabelecidos em Vilhena e outras localidades da região, proprietários de outros imóveis rurais e até donos de prédios na cidade.
Por que não saem – Bodanese diz não entender a dificuldade das autoridades em cumprir as reiteradas ordens judiciais para desocupar a fazenda. Em pelo menos duas ocasiões, a justiça determinou a saída imediata dos invasores, mas eles retornam pouco tempo depois de deixaram a área. O fazendeiro sugere que há colaboração de servidores de órgãos do Governo com o grupo.
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