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Após escândalos da merenda e das lancheiras, gestão Léo Moraes é alvo de novas denúncias: falta de fardamento e “vaquinha” para comprar papel em escolas
Sexta-feira, 09 Maio de 2025 - 08:59 | Redação

A gestão do prefeito de Porto Velho, Léo Moraes (Podemos), voltou a ser alvo de denúncias relacionadas à precariedade na rede municipal de ensino. Após os escândalos envolvendo a merenda escolar e uma compra milionária de lancheiras, agora pais de alunos denunciam a ausência de fardamento e a realização de vaquinhas para comprar itens básicos, como resmas de papel.
As reclamações vieram a público na manhã desta sexta-feira (9), após denúncias de pais de alunos a uma rádio da capital e ao RONDONIAGORA. Indignados, eles relataram que, quase no meio do ano letivo, os alunos ainda não receberam o uniforme escolar. Segundo um dos denunciantes, a direção da Escola Ely Bezerra, localizada na rua Palmeira, Parque Amazônia (bairro Marcos Freire), realizou uma reunião para comunicar que não há previsão para entrega do fardamento.
Além disso, a mesma comunidade escolar teria sido orientada a arrecadar dinheiro entre os pais para comprar resmas de papel, já que, segundo relatos, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) não tem fornecido o material nem repassado recursos suficientes às unidades.
Questionado ao vivo em uma rádio local, o secretário de Educação, Leonardo Pereira Leocádio, disse que "irá apurar o caso", mas não apresentou prazos nem ações concretas.
Escândalos anteriores
A denúncia sobre a falta de fardamento e de insumos básicos nas escolas se soma a uma sequência de falhas na gestão da educação municipal. Em relação à merenda escolar, a Prefeitura atrasou bastante o processo licitatório necessário para renovar a Ata de Registro de Preços dos produtos.
Em março, diante da ausência de licitação formalizada, a Semed recorreu a uma contratação emergencial e temporária, utilizando os recursos do Programa Municipal de Alimentação Escolar (PMAE). O próprio secretário Leonardo Leocádio reconheceu em ofício que a medida foi adotada para “evitar prejuízos ao cumprimento do Calendário Escolar de 2025”.
Por outro lado, a gestão municipal deu celeridade a um processo para compra de lancheiras escolares no valor de R$ 2 milhões, mas não prioriza o apoio a escolas com itens básicos e até mesmo o fardamento de crianças.