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Novo escândalo: voluntários da educação inclusiva denunciam calote da Prefeitura de Porto Velho

Sexta-feira, 09 Maio de 2025 - 10:56 | Redação


Novo escândalo: voluntários da educação inclusiva denunciam calote da Prefeitura de Porto Velho

Mais uma crise na área da Educação municipal em Porto Velho. Desta vez, o motivo é o atraso no pagamento da ajuda de custo prometida aos voluntários do programa Unidos pela Educação Inclusiva, coordenado pela Prefeitura da capital, através da Semed. A promessa era de que o valor de R$ 80 por dia trabalhado estaria disponível até esta sexta-feira (9), mas até o momento, os profissionais continuam sem receber.

A situação afeta diretamente cuidadores, mediadores e intérpretes de Libras que atuam, de forma voluntária, nas escolas da capital rondoniense, tanto na zona urbana quanto na zona rural. Muitos relatam estar trabalhando desde março sem receber qualquer repasse da ajuda de custo prometida.

Segundo o edital do programa, 706 voluntários foram contratados de forma imediata e outros 706 selecionados para cadastro reserva. O contrato de voluntariado tem vigência de um ano, podendo ser prorrogado por igual período.

No dia 28 de abril, a própria Prefeitura havia se pronunciado por meio de uma mensagem oficial enviada às direções escolares:

“Prezadas Diretoras e Diretores, Peço à gentileza de informarem aos voluntários que entraram este ano no programa que o pagamento deles sairá até o quinto dia útil do mês. Este pagamento contemplará os dias trabalhados de março e o mês de abril.”

A nota tranquilizou momentaneamente os profissionais, mas o clima voltou a ficar tenso nesta sexta-feira (9), quando se esgotou o prazo anunciado e nenhuma quantia havia sido creditada.

Voluntários relatam frustração e sensação de descaso. “Deram uma data só para nos acalmar, mas hoje é o último dia útil e ninguém recebeu. Estamos trabalhando sem saber quando vamos ser pagos”, desabafou uma cuidadora que atua em escola da zona Sul e pediu anonimato por medo de retaliações.

A ajuda de custo é a única compensação prevista para os voluntários, que enfrentam jornadas diárias intensas. Muitos precisam arcar com deslocamentos diários e alimentação por conta própria.

Até o fechamento desta matéria, a Prefeitura de Porto Velho não havia emitido novo posicionamento sobre o atraso.

O novo episódio de desorganização administrativa amplia a lista de problemas enfrentados pela atual gestão na área educacional. Nos últimos dias, a Prefeitura já havia sido alvo de críticas por causa do escândalo da merenda escolar, da compra milionária de lancheiras, além da falta de fardamento para os alunos da rede municipal, denunciada nesta sexta-feira.

Rondoniagora.com

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