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Catadores protestam para voltarem a trabalhar no lixão; Prefeitura explica situação

Terça-feira, 18 Dezembro de 2018 - 15:20 | da Redação


Catadores protestam para voltarem a trabalhar no lixão; Prefeitura explica situação

Os catadores de materiais recicláveis, que trabalham no lixão em Porto Velho, realizaram uma manifestação na manhã desta terça-feira (18) para cobrar da Prefeitura um posicionamento sobre o retorno às atividades. O local foi interditado no último dia 6 de dezembro, depois que o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) encontrou cinco adolescentes trabalhando como catadores.

Para garantir o despejo dos dejetos recolhidos na cidade, o Município atendeu às exigências do MTE, e proibiu o acesso dos trabalhadores. Mais de 200 famílias dependem exclusivamente da renda pelo serviço no local.

Maria do Socorro, de 33 anos, trabalha catando materiais recicláveis há mais de 15 anos e diz precisa voltar a trabalhar para sustentar os filhos. “Tem gente passando fome aqui porque não tem de onde tirar dinheiro para se alimentar e nós precisamos de uma resposta positiva urgente", disse a moradora emocionada.

Segundo o catador Tony dos Santos, alguns empresários se prontificaram a ajudar com alimentos e tem mantido algumas pessoas. "Nós não queremos cesta básica e sim o direito de trabalhar porque temos família que dependem da gente. O prefeito se comprometeu a ajudar os trabalhadores que foram impedidos de entrar no local no prazo de sete dias", relatou Tony dos Santos que mora na Vila Princesa há mais de 20 anos.

Quem também pede uma resposta da Prefeitura é o trabalhador Jorge da Silva Leite que chegou na Vila Princesa há 9 meses. "Nós não estávamos preparados para isso e fomos surpreendidos com o fechamento do lixão, de onde tiramos nosso sustento e queremos uma reposta porque estamos sem nossa renda. Todos que estão aqui querem apenas voltar a trabalhar e levar comida para nossas mesas", pediu o trabalhador.

Por meio de nota, a Prefeitura de Porto Velho informou que continua trabalhando para liberar o acesso dos catadores, regularizados, ao lixão da Vila Princesa.

O trabalho é intenso e contínuo e as várias secretarias envolvidas se depararam com vários detalhes importantes, que dificultaram que a agilidade de processo de liberação.

Dentre os requisitos necessário para serem cumpridos, a Secretaria Municipal de Assistência Social e da Família (Semasf) está cadastrando as famílias que vivem na localidade, cerca de 230 famílias e já identificou que 123 recebem algum benefício.

Após o cadastro, a Subsecretaria Municipal de Meio Ambiente (Sema) irá fazer o levantamento de catadores ligados a associações, cadastradas pelo Município, para impedir que crianças e adolescentes estejam presentes no lixão e regularizar a forma de atuação no local.

Com o retorno das atividades, a Subsecretaria Municipal de Serviços Básicos (Semusb) irá proceder na fiscalização e garantir que a atividade não seja prejudicada.

É importante destacar que a Prefeitura está cumprindo todas as determinações impostas para que as famílias tenham de volta sua renda, uma vez que com a interdição, elas perderam sua única fonte de renda.

Rondoniagora.com

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