Geral
Ex-diretora do Samu ganha liminar proibindo difamação e perseguição de “grupo do prefeito” na Saúde
Segunda-feira, 14 Julho de 2025 - 13:18 | Redação

Não é apenas na Educação que casos de assédio moral e desvalorização são pautas de descontentamento do funcionalismo público municipal de Porto Velho, como explicitado no artigo, narrando o desabafo do professor Walter Nascimento, ex-secretário adjunto da pasta. Na Saúde, a perseguição a estatutários começa a pipocar nas redes sociais e nos grupos de WattsApp de servidores que já não aguentam mais as humilhações nas unidades públicas.
Em um desses casos, a enfermeira Mara Benedicta de Rezende Monte Correia, dona de uma carreira prestigiada na Saúde pública de Porto Velho, foi obrigada a procurar seus direitos na Justiça. A juíza Maxulene de Souza Freitas, do 3º Juizado Especial Cível, concedeu liminar para que suas detratoras se abstenham de condutas difamatória. “... Se abstenha de praticar atos de perseguição, difamação, incitação de servidores, coleta de assinaturas com pretexto falso, disseminação de informações inverídicas ou qualquer outro conteúdo ofensivo à honra e à imagem da autora, MARA BENEDICTA DE REZENDE MONTE CORREIA, por qualquer meio físico, verbal ou digital. Fixo multa diária no valor de R$ 500,00 (quinhentos reais) para o caso de descumprimento da presente decisão”, diz trecho da decisão. Por ora, o jornal RONDONIAGORA se abstem de publicar o nome dos autores da campanha insidiosa contra a enfermeira até a conclusão do processo cível e criminal.
O início da perseguição
A enfermeira Mara Benedicta foi alçada à condição de diretora do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) a pedido do secretário municipal Jaime Gazola. Um grupo de servidores de confiança indicados e protegidos pelo prefeito Léo Moraes não gostou da indicação de Gazola, e iniciou um processo de “fritura” da diretora. Suas ações foram sabotadas, correu uma suposta denúncia apócrifa sobre algumas condutas de médicos plantonistas, atribuindo a diretora a autoria da carta, quando na verdade tratava-se de uma armação desse grupo de servidores. Em uma outra frente, alguns deles foram até a secretária adjunta Maria Aguiar Prado, utilizando como transporte uma ambulância especial, para “queimar” a atuação da enfermeira Mara Benedicta Correia.
Insatisfeita, ela conseguiu desmascarar a versão falsa da carta e quando o computador do SAMU de onde havia partido a denúncia foi alvo de ataque para adulterar seus dados. Na época, o RONDONIAGORA denunciou que a máquina passaria por perícia acabou em dano ao patrimônio público. A diretora, então, ligou para o secretário Jaime Gazola e pediu para tomar providências. Em resposta, após alguns dias, ele disse que nada poderia fazer porque “são pessoas do prefeito Léo Moraes”. Mara pediu demissão do cargo e buscou seus direitos no Poder Judiciário.
Abalada, ela diz que nunca imaginou ser tratada dessa forma a quem só buscou ajudar, inclusive com voto seu e de sua família.