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Greve de fome de presos em Ouro Preto durou 24 horas

Quarta-feira, 30 Março de 2016 - 12:06 | Da Redacao


Sete apenados apontados como líderes dos movimentos de motim na Casa de Detenção de Ouro Preto do Oeste deflagrados no café da manhã de segunda-feira, foram transferidos para outras unidades prisionais e a greve de fome acabou na hora do almoço de terça-feira. A partir do almoço, todas as marmitex contendo no cardápio arroz, feijão, molho de carne, banana frita e salada foram distribuídos e consumidos pelos detentos que não se alimentaram durante 24 horas.

Equipe do GOE (Grupo de Operações Especiais) e do Canil Municipal do 2º BPM da Polícia Militar, sediado em Ji-Paraná, auxiliaram os agentes penitenciários da Casa de Detenção em uma vistoria nas celas dos pavilhões do regime fechado e do semiaberto, e o saldo da operação foi à apreensão de cinco aparelhos celulares e vários “chuchos” (arma artesanal de ferro pontiaguda).

A greve de fome iniciada na noite de segunda-feira por aproximadamente 100 apenados e apenadas de quatro pavilhões da Casa de Detenção de Ouro Preto do Oeste. No período da tarde o juiz Haruo Mizusaki, titular da Vara de Execuções Penais visitou a Casa de Detenção, que era uma das reivindicações dos detentos, conversou com um grupo deles e permaneceu no local por aproximadamente uma hora.

Os detentos fizeram queixas e exigências, e reclamaram para o juiz criminal que desde outubro não estão recebendo kits de higiene, um problema que segundo a Secretaria de Justiça do Estado (Sejus-RO) é burocrático, e já foi informado ao magistrado.

Quanto a supostas denúncias de que apenados estariam sofrendo agressões dentro da unidade prisional já houve várias investigações pela Polícia Civil, que através de pesquisa no banco de dados das imagens das câmeras internas da Casa de Detenção revelam que esta situação não ocorre na cadeia pública de Ouro Preto.

O diretor da Casa de Detenção, Jaquisson Paganini, disse que não é fácil administrar atendendo todas as exigências dos apenados, e que os agentes penitenciários combatem constantemente a tentativa de parentes de detentos em tentar entrar com droga e celulares dentro das celas, nos dias de visita. “11 mulheres já foram flagradas tentando entrar na Casa de Detenção com celular ou droga introduzidas nas partes intimas, a gente impede e em represália parentes fazem denúncias diversas contra nossos servidores”, defende o diretor.

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