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Na Boca do Povo – Walmir Miranda

Sábado, 17 Julho de 2010 - 10:53 | RONDONIAGORA


Na Boca do Povo – Walmir Miranda



A população está estarrecida e apavorada com a escalada de violência que está tomando conta da cidade de Porto Velho. A intranqüilidade é quase total, principalmente à noite, quando os facínoras estão “deitando e rolando”, cometendo toda sorte de crimes e crueldades contra os cidadãos de bem.

Não é só isso, não. Os marginais estão tentando desmoralizar as corporações de segurança do Estado de Rondônia, querendo impor o terror a população.

Uma prova desse nefasto desafio para as nossas polícias ocorreu nessa quarta-feira (14/07), quando por volta do meio dia, portanto, em plena luz do dia, um ladrão assaltou e matou a tiros uma mãe de família, levando-lhe naquela oportunidade sua bolsa com cerca de R$ 32.000,00 em espécie. O dinheiro pertencia ao seu esposo, segundo fomos informados.

Como se sabe, a Av. Vieira Cahúla é uma das mais movimentadas de Porto Velho, principalmente, durante o dia.

É óbvio que o assaltante assassino sabia que a vítima estava de posse daquela soma de dinheiro. Porém, o que causa perplexidade é a audácia do marginal, sua fria decisão de apossar-se da grana a qualquer preço, mesmo diante de dezenas e dezenas de pessoas que transitavam pelo local a pé, em automóveis e motocicletas. Isso sim, causa enorme perplexidade. Até porque o fato deu-se às proximidades da Rua
Panamá, na parte central da Capital rondoniense.
A partir disso, o que é que os cidadãos de bem poderiam estar pensando?

Estariam pensando, certamente, que os bandidos que assim agem, talvez estejam imaginando que as corporações de segurança de Rondônia não tenham know-how, competência e capacidade para localizá-los, prendê-los, colocá-los atrás das grades e submetê-los aos procedimentos do Poder Judiciário.

Mas é aí que os facínoras se enganam.

Assaltos e assassinatos horrendos como o desta senhora, em plena Av. Vieira Cahúla, só servem para fazer com que as forças de segurança rondonienses se superem em sua árdua missão de combater a criminalidade, proteger os cidadãos de bem e manter a ordem pública, pois isso é mister capitulado nas Constituições Federal e Estadual.
Justamente por isso é que, agora, toda a população de Porto Velho espera e confia que as Polícias Civil e Militar, de forma coesa, através de seus integrantes (homens e mulheres) íntegros, com os armamentos e meios tecnológicos que dispõem, além de pessoal especializado, localizem e coloquem atrás das grades aquele assaltante assassino, assim como os demais que estão querendo “fazer morada” em Porto Velho para atormentar a população.

Essa resposta da parte de nossas polícias (Civil e Militar) se impõe como autêntico desafio, porque não se pode admitir jamais que, por causa do progresso e do desenvolvimento que estão grassando em Rondônia, o Estado venha a correr o risco de cair nas mãos de bandidos sanguinários, covardes e assassinos, como já está ocorrendo em outras regiões do País, onde os meliantes circulam livres pelas ruas enquanto os cidadãos de bem têm de ficar trancafiados em seus domicílios.

A população sabe que, a maior parte de nossos policiais (homens e mulheres) é constituída por gente vocacionada para o bem, para servir a sociedade e honrar as instituições às quais pertencem.
É nessa gente que a população acredita e confia. Essa é a razão maior das corporações de segurança existir.

Sem elas a sociedade entraria em estado de anomia total. Seria o caos e o extermínio da raça humana, porque então passaria a prevalecer apenas a lei do mais forte, do mais cruel, do mais violento e do mais covarde. Isso numa sociedade democrática de direito jamais deverá prevalecer.

Mesmo porque: “a não violência é o supremo mandamento legal”.
Com a resposta, portanto, a Secretaria de Segurança Pública, o Comando Geral da Polícia Militar e, também, a Diretoria Geral da Polícia Civil (DGPC).

Senhores, esse lamentável fato ocorrido na Av. Vieira Cahúla, não pode cair no esquecimento. Até pela espécie de afronta que significou para com as nossas instituições de segurança pública.
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A SUBDIVISÃO POLÍTICA DA OPOSIÇÃO (1)

Pois é prezado leitor. De onde não se espera é que vêm as grandes surpresas nos períodos eleitorais. Isso é espécie de cultura na política brasileira, ou seja: os “inimigos de ontem”, se tornam os “grandes amigos de hoje”. Tudo em nome de projetos políticos futuros.
Esse trocadilho justifica de certa forma, o que muita gente ainda não entendeu e por isso reluta em engolir ou aceitar.
Por exemplo: muitos esperavam que o PSB, de Mauro Nazif e o DEM, do ex-governador José de Abreu Bianco viessem a somar com o palanque do PSDB de Expedito Júnior, na busca pela sucessão de Ivo Cassol (PP) e João Cahúla (PPS) ao governo do Estado de Rondônia.
Não ocorreu nada disso. Nazif, no “apagar das luzes” (antes do término do prazo para as convenções partidárias) esqueceu o “flerte” que manteve ora com Expedito Júnior, ora com o “time político” de Ivo Cassol e João Cahúla.
Esqueceu e pulou fora dos três, e firmou aliança com o PT de Fátima Cleide e Eduardo Valverde. Nazif optou por indicar o vice na chapa de Valverde, um inexpressivo vereador do interior rondoniense, e decidiu tentar a reeleição à Câmara Federal.
O problema é que, nessa coligação, o PT inteligentemente enfiou o competente Israel Xavier para disputar uma cadeira de deputado federal, com o apoio do prefeito Roberto Sobrinho. Tem também o Anselmo de Jesus, que deverá ter grande votação dos petistas no interior. É o que se houve por muitas partes do Estado.
Fica a pergunta no ar: será que a coligação PT-PSB elegerá três deputados federais? Isso não é algo impossível, mas que será difícil, será. Quem viver verá. Com certeza.

A SUBDIVISÃO POLÍTICA DA OPOSIÇÃO (2)

Porém, para os meios políticos rondonienses, a surpresa maior viria com à decisão de José de Abreu Bianco (líder maior dos DEMOCRATAS), de se aliar ao PMDB, de Valdir Raupp e Confúcio Moura (tido por muitos como a terceira via ao palácio Presidente Vargas ou ao CPA – Centro Político Administrativo) ora sendo construído em Porto Velho, por obra e graça de Cassol e Cahúla).
Por que essa grande surpresa?
Porque, quando José de Abreu Bianco (DEM) assumiu o governo em substituição ao então ex-governador Valdir Raupp (PMDB), “comeu o pão que o diabo amassou”, tantos foram os problemas deixados pelo (hoje) barbudo senador e atual vice-presidente nacional do PMDB. Lembram?
Bianco, em seus dois primeiros anos de governo, teve inclusive que demitir cerca de 10.000 servidores e servidoras para estabilizar a folha de pagamento do Estado de Rondônia. Lembram?
Famílias inteiras foram destruídas pela brutal medida tomada por José de Abreu Bianco (DEM). Até gente faleceu em decorrência daquela inesquecível brutalidade administrativa contra os servidores estaduais. Tudo porque o compromisso para a demissão em massa já havia sido feito por Valdir Raupp (PMDB) junto ao governo federal. E José Bianco sabia disso, sim.
Bianco pegou o Ex-Banco do Estado de Rondônia (BERON), falido e de portas fechadas, com uma enorme dívida junto ao governo federal. Lembram?
Não foi só isso, não.
Bianco recebeu a notícia (concretizada) que, Raupp havia vendido a CERON para ELETROBRÁS, por pouco mais de R$ 22.000.000,00 (vinte e dois milhões de reais) à época. Lembram?
Bianco recebeu o Estado com várias folhas de pagamento de servidores atrasadas. Inclusive um 13º. Salário. Lembram?
Bianco também recebeu o sistema arrecadador do Estado de Rondônia desequipado e arrecadando pouquíssimo para atender as demandas do próprio Estado. Graças a isso as dívidas se acumularam no governo de Valdir Raupp (PMDB). Lembram?
Ressalte-se que, mesmo tendo realizado um bom governo, José Bianco (DEM), quando buscou a reeleição, perdeu nas urnas para o então quase desconhecido Ivo Cassol (que se elegeu pelo PSDB). Lembram?
Tem mais: Bianco, com sua equipe, muito trabalho, suor e lágrimas reordenou à administração executiva e deixou a máquina “azeitada”. Ivo Cassol fez alguns bons ajustes e tocou o barco prá frente. Fez isso tão bem que se reelegeu ao cargo de governador. Lembram?
Pois é. Agora, muitos que ajudaram José Bianco a fazer uma boa administração, apesar dos incontáveis problemas que enfrentou em seu governo, estão tendo de conviver com uma nova realidade: o DEMOCRTAS, de José Bianco, está aliado com o PMDB, de Valdir Raupp, e certamente tudo fará para que Confúcio Moura (PMDB) venha a se tornar governador. Isso é mais que óbvio.
Tudo em nome da democracia brasileira. E das coisas do ”incrível” mundo da política tupiniquim.
Portanto, loas a Valdir Raupp (PMDB), que de uma cajadada só cooptou para o seu palanque: o PDT (dos Gurgacz) e o DEM (de Bianco & Cia).
Equivale dizer que, os opositores políticos a Expedito Júnior (PSDB), Cassol (PP) e João Cahúla (PPS), no caso de emplacarem Confúcio ou Valverde (num eventual segundo turno, ao governo do Estado), resultaram mais fortalecidos porque conseguiram adicionar a sua tradicional força política um grande partido de direita: o DEMOCRATAS.
Aí é só adicionar a somatória de forças entre: PMDB, PT, PDT, PSB, PC do B e DEM, além de um séqüito de pequenas siglas, para perceber que a reeleição de Raupp ao Senado da República está praticamente assegurada.
Por isso, alertam os boatos nos quatro cantos de Rondônia, é bom não desprezar as possibilidades de Confúcio Moura (PMDB), no pleito que se avizinha. Essas possibilidades ficariam ainda maiores, no caso de Expedito Júnior (PSDB) enfrentar alguma objeção por parte da Lei da Ficha Limpa. Entenderam? Pois é.
É que, o pessoal que está apoiando Expedito Júnior, poderia vir a apoiar Confúcio ou Valverde, por não aceitar a forma como Ivo Cassol descartou a idéia de apoiá-lo, para sucedê-lo no governo do Estado. Mas se decidiu por João Cahúla (o vice que se tornou governador e agora busca, também, a reeleição). Entenderam?
É tudo muito simples. Como comer dez cajaránas verdes (sem sal), beber um copo de açaí amargo e tomar dois ovos quentes batidos de uma “lapada” só. E não sentir nadica de nada. Só isso.
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JOÃO CAHÚLLA

Tranqüilo como água de cacimba. É assim que está sendo comentada a forma de trabalhar do governador João Cahúlla (PPS), que é candidato a reeleição. Mostrando maturidade e uma incrível simplicidade no trato com as pessoas, Cahúlla está aos poucos se impondo diante dos obstáculos, se mostrando bom administrador, bom de diálogo, além de bom “costurador” de adesões políticas. Essa história de que não será bem votado é conversa pra boi dormir. Tem mais: no interior rondoniense a força do trabalho de Ivo Cassol é muito grande. Portanto, tudo muito diferente do que ocorre na Capital.
Na busca pela reeleição ao governo, João Cahúlla conta com a força política de dez siglas partidárias que permeiam os 52 municípios rondonienses. Quais sejam: PPS, PP, PTB, PHS, PSDC, PV, PRP, PMN, PSL e PTN.
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INTERESSANTE

Mais um pleito majoritário está às portas do eleitorado rondoniense. Mais uma vez a Capital não tem um candidato ao governo do Estado. Parece até piada de mau gosto. Até parece que os políticos da Capital só servem para “vices” ou “suplentes” disso e daquilo, apesar dos seus mais de 250.000 eleitores.
Seria por falta de líderes? Seria por falta de bons políticos? Ou Seria porque os bons políticos da Capital estão satisfeitos com os seus negócios, mansões, carrões potentes e reluzentes, e toda sorte de bem estar para os seus familiares e não querem mais saber de política?
Fizeram-nos essas perguntas esta semana.
Até porque, gente de valor e com muita grana o município de Porto Velho tem até de mais. Só que não existe um projeto político neste sentido ou alguém que lidere a união dos porto-velhenses, que possibilite formar uma nova força política, capaz de fazer frente ao domínio que o interior a quase duas décadas impõe a Capital rondoniense. Ou não?
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PRACINHA NO MATAGAL

Recebemos a denúncia e fomos conferir. Conferimos e vimos de perto que, realmente, muitos moradores do bairro “Marechal Rondon” estão cobertos de razão e indignados contra a Prefeitura Municipal de Porto Velho mais uma vez.
Motivo: uma placa mostra com todas as letras, que uma pracinha à beira de um pequeno córrego (com aspecto de que ainda estar por ser concluída) custaria ou já custou aos cofres do município a “pequena bagatela” de R$ 425.000,00 - ou seja: quase meio milhão de reais.
Acredite quem quiser. É isso que a placa dessa obra mostra aos transeuntes que passam pelo local, causando um misto de perplexidade e vergonha.
As pessoas dizem que a pracinha que fica na parte lateral da bonita e acolhedora Igreja Metodista Wesleyana (perto do Shopping Porto Velho), pela Av. Calama, será sempre muito bem-vinda. Até porque, da forma como está, cheia de mato, lixo, moscas, ratos e cobras, não serve pra quase nada. É sim, um perigo terrível para as crianças e os adultos que circulam constantemente pelo local.
Pior: atualmente, o local está praticamente abandonado, tomado pelo matagal. À noite, dizem, a pracinha do “Conjunto Marechal Rondon” também está servindo de esconderijo para marginais e consumidores de drogas alucinógenas.
Com a resposta, portanto, os canais competentes, ou seja, o poder público municipal.

ATÉ A PRÓXIMA, PREZADOS LEITORES !!!
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