PRESIDENTE DO SINFAR ACUSADO DE FRAUDAR DOCUMENTOS PARA SE APOSSAR DA ENTIDADE

Juiz determina perícia para atestar assinaturas em ata que aumentou mandato de dirigente sindical

O Ministério Público do Trabalho, acatando representação de um grupo de profissionais, denunciou o presidente do Sindicato dos Farmacêuticos do Estado de Rondônia- SINFAR, Antônio de Paula Freitas Junior, de ter falsificados assinaturas para enxertar uma ata de eleição da diretoria para poder se apossar da entidade. Em processo que corre na comarca de Presidente Médici, o juiz  João Valério Silva Neto--- determinou  à Polícia Civil, através do Instituto de Criminalística, a realização de pericia grafotécnica para apurar  a falsificação, causando insegurança aos profissionais representados pela entidade.

Na denuncia, Antônio de Paula Freitas Junior é acusado de ter fraudado a Assembleia Geral da Categoria do dia 28 de julho de 2012, fazendo alterações no estatuto e prorrogando o mandato da diretoria atual de três para quatro anos se utilizando de um mecanismo que chamou de Ratificação de Mandatos, o que não tem previsão legal.

Em inquérito aberto pela Polícia Federal e pelo Ministério Publico do Trabalho, consta a informação que pelo menos oito pessoas que teriam suas assinaturas postas na ata da assembleia, nunca estiveram no local e sequer foram chamadas, o que resulta na fraude que pode causar a dissolução da entidade e levar seu presidente a condenação por crime de falsidade.

Apropriação

No documento apurado pelo Ministério Publico do Trabalho, os profissionais demonstram a preocupação com a gestão temerária que vem sendo realizada pela atual diretoria do SINFAR na utilização dos recursos da entidade. Existe uma demonstração de insegurança quando questionam os altos valores utilizados para a filiação do sindicato à CUT- Central Única dos Trabalhadores, sem que isso tenha sido aprovado em Assembleia Geral.

Apura-se que Antônio de Paula Freitas Junior vem se utilizando de subterfúgios para evitar a filiação de novos profissionais no SINFAR. Uma delas é a constante mudança de endereços, diferentes do que consta no registro do Ministério do Trabalho. Essa manobra evitar que novos filiados possam colocar em xeque a sua proposta de se perpetuar no sindicato.