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Seca castiga Rondônia e focos de incêndio crescem 55% em setembro

Quinta-feira, 05 Outubro de 2023 - 11:10 | Redação


Seca castiga Rondônia e focos de incêndio crescem 55% em setembro

A forte estiagem que atinge a região amazônica, tem castigado o estado de Rondônia. E os números de queimadas não param de crescer. Em setembro, os focos detectados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), saltaram 55%.

Os dados compilados em setembro mostram que este mês foi o que registrou o maior número de queimadas em todo o ano. Foram 2.651 focos detectados pelo INPE. Já em agosto, o total de registros de queimadas chegou a 1.715.

Esses números divulgados pelo monitoramento do INPE mostram que o crescimento das queimadas em Rondônia foi de 55% em um mês.

Mas apesar disso, os focos de incêndio caíram no comparativo anual. Em setembro de 2022, foram 5.354 registros de queimadas em Rondônia. Já no mês passado, o número foi de 2.651, uma queda de 55,5%.

No acumulado do ano, o estado ainda está longe de atingir os mesmos registros de 2022, quando 12.460 focos de queimadas foram detectados. De 1º janeiro de 2023 até o momento, são 5.351 registros.

Seca

As queimadas registradas neste período tem grande influência da seca. Os meses de agosto e setembro são tradicionalmente os mais quentes e secos na região Amazônica.

E neste ano um fator natural tem castigado ainda mais a região. Segundo especialistas, o fenômeno El Niño, que se formou no Oceano Pacífico, tem deixado as águas dos oceanos mais quentes.

“Esses dois fatores, esse aquecimento tanto no Pacífico quanto no Atlântico, estão favorecendo para que haja menos chuva no estado de Rondônia e, não só isso, as temperaturas também ficam mais elevadas”, disse Luiz Alves, meteorologista do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam).

Com essas altas temperaturas, a Defesa Civil de Porto Velho decretou estado de alerta, após o nível do Rio Madeira chegar a 1,43 metro, no dia 22 de setembro.

E o nível do rio continua baixando ainda mais. Nesta quinta-feira (5), a régua da Agência Nacional de Águas (ANA) mediu 1,19 metro na bacia do Madeira. Se continuar assim pelos próximos cinco dias, o estado de emergência deve ser decretado, segundo informou a Defesa Civil.

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