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Polícia recolhe imagens de câmeras para ajudar na investigação de morte de vereadora

Quinta-feira, 15 Março de 2018 - 08:44 | da UOL


Polícia recolhe imagens de câmeras para ajudar na investigação de morte de vereadora
(Foto: Reprodução Facebook)

Imagens de câmeras de segurança já foram recolhidas pela Polícia Civil do Rio de Janeiro para ajudar na investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco, de 38 anos, na noite desta quarta-feira (14). O crime aconteceu no Bairro do Estácio, na região Central do Rio, a 700 metros da prefeitura da cidade. A polícia investiga a hipótese de execução.

A vereadora foi assassinada dentro o carro, quando voltava de um evento chamado "Jovens Negras Movendo as Estruturas", na Lapa, também na região central. Um carro emparelhou com o veículo em que ela estava e efetuou disparos.

A perícia identificou pelo menos nove disparos contra o veículo, todos na direção da vereadora, que estava no banco de trás. Marielle foi atingida por ao menos quatro tiros e morreu na hora. O motorista Anderson Pedro M. Gomes, de 39 anos , também foi atingido pelos disparos e morreu no local.

Policiais da Divisão de Homicídios disseram que os responsáveis pelo crime tinham conhecimento sobre a posição exata que a vereadora ocupava no veículo, que possuía vidros escuros.

A polícia busca também todas as câmeras de segurança do trajeto realizado pela vereadora para descobrir em qual ponto o carro começou a seguido.

Uma assessora dela que estava no carro foi atingida por estilhaços e levada imediatamente para o Hospital Souza Aguiar no centro. Com ferimentos leves, ela foi liberada na madrugada e estava abalada emocionalmente.

A assessora terminou de depor à polícia por volta das 4 horas e não quis falar com a imprensa. O delegado também não divulgou detalhes de seu depoimento.

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann informou que está acompanhado pessoalmente o caso. "Considero como um caso da minha jurisdição", declarou ao blog do Josias de Souza, do UOL.

Jungmann disse que telefonou para o novo diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro, para colocar o órgão à disposição para atuar no caso. A segurança pública do Rio está sob intervenção federal.

Velório
Marielle Franco será velada a portas fechadas na tarde desta quinta-feira (15) na Câmara Municipal do Rio. A família e o PSOL optaram por não abrir o velório ao público.

A partir das 11 hora (de Brasília), militantes e filiados do PSOL farão uma vigília em homenagem à vereadora, também na Câmara Municipal. O partido ainda não decidiu se haverá cortejo após o velório. O horário do enterro ainda não foi informado.

Marielle era socióloga e foi a quinta vereadora mais votada no Rio em 2016. Há duas semanas, ela assumiu a função de relatora da Comissão da Câmara de Vereadores do Rio criada para acompanhar a atuação das tropas na intervenção federal na área de segurança do Rio. No último sábado (10), Marielle denunciou uma ação de PMs do 41º BPM (Irajá) na Favela de Acari. Segundo ela, moradores reclamaram da truculência dos policiais durante a abordagem a moradores.

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