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A farsa dos pais monstros de Rondônia

Domingo, 30 Março de 2014 - 11:24 | RONDONIAGORA


A farsa dos pais monstros de Rondônia

O crime parecia perfeito. Havia caído no esquecimento da população e assim, os autores poderiam fugir sem nunca mais serem importunados. Haviam esquecido um pequeno detalhe: o caso ganhou tanta repercussão, comoção e cobrança em cima da Polícia Civil que o suposto esquecimento era apenas aparente. Assim, quando a delegada Leisaloma Carvalho soube que os principais interessados na solução do desaparecimento do menino ARTHUR PIETRO NEVES DA SILVA estavam abandonando Porto Velho, concluiu que os bandidos poderiam estar dentro de casa.



A solução do crime caiu como uma bomba no Estado. Graças ao trabalho da Polícia Civil, na quinta-feira passada chegava ao fim a saga criminosa de Felipe Rogério Pinheiro e Conceição de Maria Neves da Silva, pais do inofensivo garoto de três anos, torturado e morto na manhã de 2 de agosto de 2013. A mãe, grávida de oito meses entregou o comparsa e buscou autodefesa dizendo que era ameaçada. Contou aos policiais que ela e o marido, em uma moto, levou o filho sem vida coberto em um lençol a um matagal onde o pai-monstro jogou o garoto, na BR-364 esquina com Avenida Mamoré. O crime de ARTHUR PIETRO: perturbou o sossego do pai. Apanhou, foi sufocado, agredido e caiu sem vida dentro de sua própria casa. A verdadeira causa da morte ainda será esclarecida.

Rede

Em depoimento à Polícia Civil, o desocupado Felipe Rogério disse que o filho, ARTHUR PIETRO NEVES DA SILVA, morreu após a queda de uma rede e que não o socorreu até uma unidade de saúde porque estava com medo. As investigações, no entanto, apontam para um crime premeditado, disse a delegada Leisaloma Carvalho, que descobriu a trama.

Os policiais descobriram que Felipe Rogério e Conceição de Maria Neves da Silva, mãe de Arthur Pietro ficaram separados por mais de um ano após o nascimento do menino. Ela foi embora para o Maranhão, mas de lá impetrou uma ação cobrando pensão alimentícia. Como estava prestes a ser preso ele buscou a reconciliação, mesmo estando em outro relacionamento. O casal então voltou a se relacionar. Ele teve várias mulheres e um histórico de agressões.

Segundo as investigações, Arthur Pietro era constantemente agredido pelo pai. No dia em que foi morto, a mãe contou que estava em festa infantil e quando retornou o marido confessou ter matado o menino e escondido o corpo embaixo de uma cama, de um quarto pouco utilizado. Disse que pensou em denunciar, mas teria sido ameaçada. Ela própria ajudou o pai criminoso a jogar o corpo do filho nas margens da BR-364. Dissimulados, os dois participaram de campanhas da sociedade, que tentava localizar um anjinho de apenas três anos, que, infelizmente foi morto por quem o colocou no mundo. Somente dois dias após a morte, os criminosos procuraram a Polícia para informar o suposto desaparecimento.

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