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Polícia

Comerciante foi morto asfixiado com camisa; acusados moravam com a vítima

Terça-feira, 15 Setembro de 2020 - 14:23 | da Redação


Comerciante foi morto asfixiado com camisa; acusados moravam com a vítima

Durante coletiva realizada na manhã desta terça-feira (15), o delegado Marcelo Resem, deu detalhes sobre o crime bárbaro, que tirou a vida do comerciante Fernando Lopes Trindade, 60 anos, que foi amarrado e torturado até a morte. O corpo do trabalhador foi encontrado na tarde de segunda-feira (14), em uma residência, localizada no Bairro Castanheira, na Zona Sul de Porto Velho.

Em menos de seis horas, policiais da Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio conseguiram localizar e prender os acusados Júlio César da Silva, 19 anos, e Carlos Vinicius Santos do Nascimento, 21 anos, que morava com a vítima desde 2019, segundo o que a Polícia apurou. Fernando foi morto na madrugada de segunda-feira.

Após o corpo de Fernando ser localizado, familiares informaram aos investigadores que Carlos Vinícius, que morava com o comerciante, não foi encontrado no local e não teria entrado em contato com nenhum familiar. Foi ai que Carlos passou a ser considerado suspeito.

Os policiais descobriram ainda que Júlio César também estava morando na residência de Fernando há aproximadamente uma semana. “Ele trabalhava no comércio da vítima e percebeu que Carlos Vinícius, que não trabalhava no estabelecimento, ganhava bastante dinheiro de Fernando. Isso chamou a atenção de Júlio”, disse Marcelo Resem.

Durante as investigações, os policiais apuraram que Júlio César ligou para Carlos Vinícius e durante a conversa, o jovem relatou para o amigo que teria brigado com Fernando e que iria sair da casa. “Foi quando Júlio César chamou o jovem de roubar a moto da vítima. Ao ser convidado para cometer o roubo, Carlos Vinícius teve a ideia de não só roubar a moto, mas sim o dinheiro que a vítima tinha guardado dentro do seu veículo”, detalhou Marcelo Resem.

Discussão

A discussão entre Fernando e Carlos Vinícius, iniciou porque a vítima não queria que o jovem saísse de casa por conta da pandemia do Coronavírus. O criminoso tinha costume de jogar bola durante as tardes.

Ao anoitecer, Carlos colocou o plano em ação, deixando a porta da casa aberta para facilitar a entrada do amigo criminoso. Chegando ao local, Júlio Cesar disse para Carlos Vinícius que iria entrar para o andar de cima da residência, onde a vítima estava dormindo, para dar uma gravata em Fernando. “Eles combinaram que assim que Carlos escutasse o barulho, ele iria subir com os fios e os dois iriam amarrar o comerciante. Ao entrar na casa, o criminoso chamou a vítima e a surpreendeu com uma gravata, impossibilitando sua defesa”, disse o delegado

Com a vítima rendida, Júlio Cesar começou a agredir o trabalhador com chutes na cabeça e socos no rosto, até deixar a vítima inconsciente. “Foi quando eles amarraram o comerciante. Fernando foi agredido para dizer onde estava à chave do carro, ele não disse e foi morto asfixiado com uma camiseta. Ao perceber que o idoso estava sem vida, eles desceram, quebraram o vidro do carro e encontraram o dinheiro. Segundo relatos de Carlos, ele ficou na parte de baixo da casa para não ver a vítima ser mota”, esclareceu Marcelo Resem.

Minutos depois de iniciarem as investigações, os policiais receberam uma informação relatando que a dupla estava escondida em um hotel, localizado no distrito de Jaci-Paraná. Com o apoio da Delegacia de Combate a Corrupção (Decor), os investigadores se deslocaram para o endereço informado.

Em um dos quartos do hotel, os policiais localizaram a dupla. Com eles, a Polícia encontrou o aparelho celular da vítima, mais de R$ 27 mil, e vários objetos que os criminosos tinham comprado com o dinheiro roubado de Fernando. “Assim que eles chegaram a Jaci-Paraná, cada um deles pegou R$ 1.500 e os dois saíram para fazer compras”, esclareceu o delegado.

Do lado de fora do hotel, os investigadores encontraram a motocicleta de Carlos Vinícius, que ele tinha ganhado de presente de Fernando, e a moto da própria vítima, que os dois roubaram para fugir do local.

Questionados, os criminosos confessaram o crime, receberam voz de prisão e foram encaminhados para o presídio. O Marcelo Resem representou pela prisão temporária da dupla, que está à disposição da justiça.

Os investigadores apuram se Júlio Cesar também tinha um caso com a vítima. Ele foi convidado por Carlos Vinícius para ir morar na residência de Fernando. Os dois eram amigos e jogavam futebol juntos.

As investigações também foram coordenadas pelo delegado titular da Patrimônio, José Marcos, que atuou na elucidação juntamente com o delegado Marcelo Resem e os policiais.

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