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Polícia

Justiça mantém presos os assassinos confessos de comerciante

Sexta-feira, 18 Setembro de 2020 - 10:47 | da Redação


Justiça mantém presos os assassinos confessos de comerciante

A Justiça atendeu o pedido de prisão temporária feito pelo titular da Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio, Marcelo Resem, contra Júlio César da Silva, 19 anos, e Carlos Vinicius Santos do Nascimento, 21 anos, que confessaram ter torturado e matado o comerciante Fernando Lopes Trindade, 60 anos, na madrugada do dia 14 de setembro, em uma residência, localizada no Bairro Castanheira, na Zona Sul de Porto Velho.
Investigadores da Patrimônio conseguiram localizar e prender a dupla em flagrante, no mesmo dia que o crime aconteceu. Os criminosos estavam escondidos no quarto de um hotel, em Jaci-Paraná.

Com a dupla presa, o delegado representou pela prisão temporária dos acusados e a justiça autorizou na última quarta-feira (16).

Investigações

Após o corpo de Fernando ser localizado, familiares informaram aos investigadores que Carlos Vinícius, que morava com o comerciante desde 2019, não foi encontrado no local e não teria entrado em contato com nenhum familiar. Foi ai que Carlos passou a ser considerado suspeito.

Os policiais descobriram ainda que Júlio César também estava morando na residência de Fernando há aproximadamente uma semana. “Ele trabalhava no comércio da vítima e percebeu que Carlos Vinícius, que não trabalhava no estabelecimento, ganhava bastante dinheiro de Fernando. Isso chamou a atenção de Júlio”, disse Marcelo Resem.

Durante as investigações, os policiais apuraram que Júlio César ligou para Carlos Vinícius e durante a conversa, o jovem relatou para o amigo que teria brigado com Fernando e que iria sair da casa. “Foi quando Júlio César chamou o jovem de roubar a moto da vítima. Ao ser convidado para cometer o roubo, Carlos Vinícius teve a ideia de não só roubar a moto, mas sim o dinheiro que a vítima tinha guardado dentro do seu veículo”, detalhou Marcelo Resem.

Discussão

A discussão entre Fernando e Carlos Vinícius, iniciou porque a vítima não queria que o jovem saísse de casa por conta da pandemia do Coronavírus. O criminoso tinha costume de jogar bola durante as tardes.

Ao anoitecer, Carlos colocou o plano em ação, deixando a porta da casa aberta para facilitar a entrada do amigo criminoso. Chegando ao local, Júlio Cesar disse para Carlos Vinícius que iria entrar para o andar de cima da residência, onde a vítima estava dormindo, para dar uma gravata em Fernando. “Eles combinaram que assim que Carlos escutasse o barulho, ele iria subir com os fios e os dois iriam amarrar o comerciante. Ao entrar na casa, o criminoso chamou a vítima e a surpreendeu com uma gravata, impossibilitando sua defesa”, disse o delegado

Com a vítima rendida, Júlio Cesar começou a agredir o trabalhador com chutes na cabeça e socos no rosto, até deixar a vítima inconsciente. “Foi quando eles amarraram o comerciante. Fernando foi agredido para dizer onde estava à chave do carro, ele não disse e foi morto asfixiado com uma camiseta. Ao perceber que o idoso estava sem vida, eles desceram, quebraram o vidro do carro e encontraram o dinheiro. Segundo relatos de Carlos, ele ficou na parte de baixo da casa para não ver a vítima ser mota”, esclareceu Marcelo Resem.

Minutos depois de iniciarem as investigações, os policiais receberam uma informação relatando que a dupla estava escondida em um hotel, localizado no distrito de Jaci-Paraná. Com o apoio da Delegacia de Combate a Corrupção (Decor), os investigadores se deslocaram para o endereço informado.

Em um dos quartos do hotel, os policiais localizaram a dupla. Com eles, a Polícia encontrou o aparelho celular da vítima, mais de R$ 27 mil, e vários objetos que os criminosos tinham comprado com o dinheiro roubado de Fernando. “Assim que eles chegaram a Jaci-Paraná, cada um deles pegou R$ 1.500 e os dois saíram para fazer compras”, esclareceu o delegado.

Do lado de fora do hotel, os investigadores encontraram a motocicleta de Carlos Vinícius, que ele tinha ganhado de presente de Fernando, e a moto da própria vítima, que os dois roubaram para fugir do local.

Questionados, os criminosos confessaram o crime, receberam voz de prisão e foram encaminhados para o presídio. O Marcelo Resem representou pela prisão temporária da dupla, que está à disposição da justiça.

Os investigadores apuram se Júlio Cesar também tinha um caso com a vítima. Ele foi convidado por Carlos Vinícius para ir morar na residência de Fernando. Os dois eram amigos e jogavam futebol juntos.
As investigações também foram coordenadas pelo delegado titular da Patrimônio, José Marcos, que atuou na elucidação juntamente com o delegado Marcelo Resem e os policiais

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