Polícia
Filha do vereador Everaldo Fogaça é alvo de operação contra organização criminosa
Quarta-feira, 19 Novembro de 2025 - 20:59 | Redação

A servidora pública e digital influencer Any Diuly Alves dos Santos Fogaça, filha do vereador Everaldo Fogaça, foi um dos alvos da Operação Archote, deflagrada pela Polícia Civil na manhã desta quarta-feira (19) e mira uma organização criminosa especializada no tráfico de drogas, com atuação em Rondônia e no Mato Grosso do Sul.
Segundo as apurações, o grupo utilizava métodos sofisticados para ocultar a movimentação financeira, envolvendo transações em criptomoedas, empresas de fachada e o uso de “laranjas”. Any Diuly teve busca e apreensão cumprida em sua residência e está entre 22 pessoas físicas e jurídicas que tiveram sigilos fiscal e telemático quebrados.
Relatório encaminhado ao Judiciário aponta que ela e outros 6 investigados teriam desempenhado funções de apoio ao esquema, como financiamento de operações por meio de “consórcios”, transporte de cargas, distribuição local de drogas e fornecimento regional de entorpecentes.
Para embasar a representação, os delegados responsáveis detalharam um conjunto de provas acumuladas desde 2023, entre elas interceptações telefônicas, quebras de sigilo bancário em 2024, diligências de campo, vigilâncias, além de levantamentos patrimoniais que mostraram incompatibilidade entre renda declarada e bens ostentados. Também foram anexados extratos bancários e imagens de drogas e barras de ouro extraídas de contas de e-mail.
Investigada nega prisão e diz estar à disposição das autoridades
No início da noite ela fez vídeos na internet e divulgou nota negando boatos de prisão, confirmou a ação policial e disse que as buscas estão relacionadas a um ex-namorado. Confira:
Venho esclarecer os boatos que estão circulando de que eu teria sido presa hoje. Isso não é verdade: eu não estou presa.
De fato, houve uma busca e apreensão da Polícia Civil na minha residência na manhã de hoje, relacionada a uma pessoa com quem me envolvi no passado. Hoje não tenho qualquer vínculo com ele. Inclusive, possuo medida protetiva contra essa pessoa.
Convivi com ele por seis meses e sofri agressões. Quem retirou ele da minha casa, à época, foi meu pai junto com a polícia. Há mais de um ano não tenho contato. Precisei mudar de endereço após ele invadir minha residência. Ele também levou o meu carro, que era quitado e comprado por mim.
Escrevo apenas para esclarecer esses boatos: não estou presa e estou à disposição da Justiça para todos os esclarecimentos necessários.
Anny Fogaça