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Polícia

JUSTIÇA NEGA LIBERDADE A MULHER QUE CONFESSOU TER MANDADO MATAR POLICIAL EM OURO PRETO

Quinta-feira, 05 Maio de 2011 - 09:49 | RONDONIAGORA


JUSTIÇA NEGA LIBERDADE A MULHER QUE CONFESSOU TER MANDADO MATAR POLICIAL EM OURO PRETO

Sirlene Louzada de Amorim, ex-esposa do ex-policial civil Augusto César Rodrigues da Silva, de Ouro Preto do Oeste vai permanecer na cadeia. Ela confessou ter arquitetado plano para matar marido, crime ocorrido em 20 de fevereiro quando ele dormia. No mesmo dia, a portadora de deficiência mental Dalva Maria Batista também foi assassinada por ter acordado quando os marginais executavam o policial. Os autores seriam Edeildo Xavier da Costa e Ademir Germano Amaral. O primeiro seria amante de Sirlene e o segundo acabou preso dias após o crime como um dos executores.



Em Ouro Preto, o juízo da 1ª Vara já havia negado pedido de liberdade, mas um advogado decidiu recorrer ao Tribunal de Justiça, que, através do desembargador Miguel Monico Neto, da 2ª Câmara Criminal, negou o habeas corpus. No pedido, a defesa diz que não há fundamentos para manter a prisão, além do mais, a ré “é pessoa idônea, com residência e emprego fixo, além de ser ré primária e possuir bons antecedente”. O desembargador não se convenceu com as alegações apresentadas. “Na hipótese, não observo presentes informações robustas, suficientes para a concessão da liminar pleiteada. Assim, não visualizo, a princípio, a flagrante ilegalidade da custódia, devendo-se aguardar a instrução deste habeas corpus, daí porque indefiro a liminar pretendida.”, disse.

O crime

O caso da morte do policial civil foi desvendado pelos delegados Cristiano Martins Matos e Marcos Vinicius Filho. O caso ocorreu na madrugada de 20 de abril, quando a Polícia Militar encontrou os corpos de Augusto e Dalva carbonizados em um veiculo na RO 470 (conhecida como linha 200) , em frente ao Lixão, saída para o município do Vale do Paraíso.

A trama havia sido arquitetada 20 dias antes do crime pela comerciante Sirlene juntamente com seu amante Edeildo (pecuarista no município de Alvorada do Oeste). Ela teria embriagado o policial civil Augusto. Aproveitando desta situação Edeildo em companhia de Ademir Germano Amaral, 31, desferiram vários golpes com um pedaço de madeira no crânio do policial civil e neste momento a doméstica Dalva que estava dormindo em um quarto da residência acordou com o barulho e foi morta como queima de arquivo.

Em seguida o corpo do policial civil Augusto foi colocado na carroceria do veiculo Ford Currier e o corpo da domestica Dalva foi colocado no porta malas do carro da comerciante e trio seguiram rumo a RO 470 e em frente ao lixão colocaram os corpos de Augusto e Dalva na cabine da caminhonete e atearam fogo para simular um acidente de trânsito. Segundo as investigações, a frieza da comerciante foi tão grande que durante a entrevista com a imprensa e ao ser questionada se o policial civil a tratava bem, a resposta veio em tom de deboche. “Olha minha conta bancaria, sempre estava com saldo positivo”. Edeildo conseguiu fugir ao cerco policial, mas Ademir Germano foi preso e confessou que viu toda trama e apontou como mandante do bárbaro crime a comerciante Sirlene que queria o caminho livre para ficar ao lado do seu amante Edeildo.

Inicialmente, a comerciante disse que era inocente e que foi forçada a dar suporte para a trama macabra, mas logo a verdade veio a tona, quando  admitiu que foi a mandante do assassinato do seu esposo e a da doméstica Dalva, que estava na hora e local errado por isso acabou sendo morta inocentemente.

Ademir negou que tivesse desferidos os golpes com o pedaço de madeira e apontou o seu comparsa Edeildo como executor e que a comerciante presenciou tudo e deu apoio. Inclusive tinha comprado a gasolina usada no duplo homicídio.

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