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Política

Expedito concede longa entrevista e apresenta Plano de Governo

Sábado, 07 Agosto de 2010 - 18:02 | Assessoria


Expedito concede longa entrevista e apresenta Plano de Governo
O candidato ao Governo de Rondônia pela Coligação Unidos Para Avançar (PSDB, PR, PSC, PTC, PT do B e PRB) concedeu entrevista na manhã deste sábado em Porto Velho na Rede Record Rondônia, Programa Via Sat (apresentado pelos jornalistas Leo Ladeia e Sérgio Melo), onde foram abordados os temas saúde, educação, segurança pública e meio ambiente. Expedito falou ainda do plano de governo e das questões envolvendo a negativa do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sobre seu registro de candidatura.



O jornalista Leo Ladeia iniciou a entrevista com a pergunta “o falta para a saúde, gestão ou dinheiro?”

Expedito citou a CPMF, que ajudou a derrubar, e provou que com o fim do imposto a saúde nem piorou nem melhorou, como o governo federal dizia que aconteceria. O candidato ao Governo pelo PSDB disse ainda que participa dos processos eleitorais de Rondônia desde a época do governador Jorge Teixeira e sempre ouviu que a Saúde seria regionalizada, o que nunca aconteceu. Para resolver os problemas da saúde no Estado, Expedito diz que é preciso levar um hospital regional para Ariquemes, outro para Ji-Paraná e também para a 429. Precisa acabar definitivamente com a Saúde sendo administrada por pressões externas. Tem que respeitar as categorias profissionais. Expedito assumiu ainda o compromisso que os representantes das categorias ajudarão a escolher o secretário de Saúde em seu governo.
Sobre o indeferimento, Expedito disse que o TRE de Rondônia foi o único que tomou essa decisão, mas tem bastante confiança que conseguirá o registro com ação junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), reforçando que vai continuar com a campanha e que está trabalhando desde as 5 horas todos os dias, provando que a campanha continua e cada vez mais intensa.

Retornando ao tema da saúde, Expedito lembrou que Porto Velho é uma das cidades mais penalizadas hoje e a população mais ainda, com a disputa entre Governo e Prefeitura, que ficam um empurrando para o outro a responsabilidade de dar saúde de qualidade ao povo.
As questões salariais são o reflexo da condição e muitos setores e na educação fica mais evidente hoje em Rondônia. Para Expedito Júnior, o que deve ser devolvido aos educadores nesse momento é a dignidade, com melhores salários e nunca mais permitir que as cenas de tratar professor com spray de pimenta e cacetete se repitam. Não se trata de revolucionar a educação de Rondônia, mas como disse Expedito Júnior, é preciso governar com humanidade e ouvindo a sociedade. “eu vou ouvir os professores, pais, todos os profissionais envolvidos na educação”, disse.

Existem escolas no Estado que ainda não tem uma quadra poliesportiva. É preciso dar condições e nivelar as escolas do Estado. O que acontece muitas vezes é que o dinheiro sai pelo ralo e não chega onde deveria chegar. É preciso ainda investir na qualificação dos servidores. Em alguns estados foi criado um grupo de apoio aos professores, diretores e os demais professores da educação, e é preciso trazer idéias boas como essa para as escolas de Rondônia. E quem tem que fazer isso é o Governo do Estado. Em Rolim de Moura há uma escola que recebeu 400 computadores que estão empilhados, e estragando, por que não foi possível implantar uma sala de informática.
Para que, não só a educação tenha avanços, mas em todos os setores, é preciso colocar os técnicos nas suas funções, já que entende que um governo não é feito apenas por uma pessoa, mas sim pelas pessoas que são capazes e conhecem o seu Estado. “Não adianta eu dizer que sei tudo. É preciso ouvir as pessoas que queiram contribuir com o governo”, disse Expedito. Ele falou ainda que também pretende acabar com indicações políticas para diretor de escola, levando essa indicação à comunidade à qual ele faz parte

No segundo bloco foi abordado o tema Segurança Pública. Da mesma forma que na educação, para a Segurança Pública Expedito quer levar a indicação do comandante á própria corporação, que passará a indicar o nome que irá ser o comandante. Outro ponto que pretende fazer é implantar modelos de polícia que estão dando certo em outros estados. A polícia comunitária, de Salvador, e a polícia pacificadora, do Estado do Rio, são exemplos citados por Expedito que podem ser implantados em Rondônia. Sobre o trabalho feito pelas polícias em Rondônia, disse que os policiais muitas vezes trabalham sem ter condições de trabalho e isso precisa mudar. Também como na educação, é preciso qualificação dos profissionais da Segurança. A promoção por tempo de serviço é outro ponto que precisa ser implantado em Rondônia, já que é o único estado do país que ainda não implantou essa fora de promoção do servidor. Expedito considera ainda que as diferenças por classe discriminam e tem que equiparar os policiais militares, já que o trabalho feito por eles é o mesmo.

Sobre o plano habitacional, Expedito falou que pensa muito nesse setor, que nunca teve atenção do Estado. Para provar isso, ele cita que em oito anos de existência do Fundo de Investimento em Transporte e Habitação (Fitha) não foi construída uma única casa à população de baixa renda.

Sobre os presídios, o candidato ao Governo de Rondônia considera que são a maior faculdade do crime hoje e isso precisa mudar. A solução, que faz parte do Plano de Governo de Expedito Júnior, é criar presídios industrias e presídios agrícolas no Estado. Para demonstrar que isso é possível ele citou o Frigorífico Bertin, que administra presídios no Estado do Paraná e que buscam couro bovino em Rondônia. Isso faz com que o Estado perca receita, já que o valor só será agregado ao couro no Paraná e não em Rondônia, onde ele foi produzido. Expedito lembrou ainda que hoje o BNDES está de costas para Rondônia e quer que a instituição financeira venha investir em Rondônia e se hoje o país busca grandes investimentos, é por causa de Rondônia, que forneceu condições para que a matriz energética seja ampliada.
Sobre o tema do meio ambiente, falou que é preciso propor políticas diferentes e com sustentabilidade, já que hoje só sabemos o que não se pode fazer na Amazônia. “Pela visão dos ambientalistas, estamos condenados a sermos o lixeiro do mundo. A nós tudo é proibido”, disse Expedito.

Para Expedito, a recuperação das lavouras e pastagens em Rondônia resolve todos os problemas de hoje, o que evitaria mais derrubadas e queimadas. “Poderíamos ter uma agricultura muito mais forte, mas pra isso é preciso apoio do Estado”, disse. Temos que pensar ainda em Rondônia negociando aos países andinos, aproveitando a Estrada do Pacífico. As discussões do código florestal foi outro ponto abordado e que, ainda não foi aprovado no Congresso Nacional. Sobre a obrigatoriedade do reflorestamento, Expedito disse que as áreas já desmatadas foram feitas por outra obrigatoriedade, a do Incra, que criou essa condição para que os migrantes fossem donos das suas terras. “Agora, depois que resolvem que tem que replantar não podem multar e se querem que refloreste, é preciso que dêem condições para isso”, disse.

Sobre seu vice, Miguel de Souza, Expedito Júnior disse que Miguel de Souza vai cuidar da parte burocrática e que vai ajudar muito no seu governo, já que demonstrou em muitas situações que tem capacidade para administrar.

No terceiro bloco, foram abertas perguntas à comunidade. A primeira pergunta abordou a PEC da Transposição dos servidores do ex-Território, que, como disse o autor, o jornalista Valmir Miranda, está abandonada. Para Expedito, a partir de agora a missão é da União, dos estados e dos municípios. Expedito disse acreditar que a transposição seja feita, para que Rondônia tenha condições de propor uma política salarial melhor para o servidor. Ele disse ainda que acredita que a transposição aconteça ainda em 2010, mesmo que embora o período eleitoral tenha diminuído o ritmo de trabalhos. Com a transposição e as melhorias aos servidores sendo os principais temas tratados pelos telespectadores, Expedito Júnior encerrou a entrevista falando que o seu Governo será acima de tudo um Governo democrático e que irá administrar com o coração, ainda que não deixe a razão de lado. Expedito disse que quer estar ao lado povo e onde ele está e daí a importância do seu vice, Miguel de Souza, que terá grande participação nas questões burocráticas, o que lhe dará a liberdade para que possa ir aonde o povo está e ouvindo as propostas dos rondonienses, como ele mesmo quer.

Ao final da entrevista Expedito Júnior citou trecho do discurso do ex-governador Jorge Teixeira, dizendo que é mais uma missão a cumprir, para alguns missão difícil, para mim não. Espero que possa superá-las. Sem obstáculos a vida seria insípida. Rondônia se fez de mãos calejadas, de corpos suados e poeirentos do divino trabalho da terra. Não é fruto de doutores, confundem-se todos nessa paisagem humana que se espelha vertiginosamente nessa região chamada Rondônia. Serei o governador que fará de Rondônia um Estado respeitado por todos os brasileiros e por todos os rondonienses. “Se instala em primeiro de Janeiro um governo democrático em Rondônia”, finalizou Expedito Júnior. Rondoniagora.com

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