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Prefeito bolsonarista de Vilhena já foi advogado do PT junto com o pai; veja processos

Sexta-feira, 26 Janeiro de 2024 - 14:54 | Redação


Prefeito bolsonarista de Vilhena já foi advogado do PT junto com o pai; veja processos

Envolto na bandeira do Brasil, repleto de materiais verde e amarelos, participando de campanha pró-Bolsonaro e gritando aos quatro ventos que combateria a corrupção, Flori Cordeiro de Miranda Junior foi eleito em 2022 como prefeito no maior município do Sul de Rondônia com discurso bolsonarista. O que não foi dito em sua campanha eleitoral, no entanto, é que tanto ele como o pai já foram advogados do Partido dos Trabalhadores, defendendo a legenda em causas ideológicas. 

Em consulta simples ao Tribunal de Justiça de São Paulo, é possível encontrar pelo menos três registros em que Flori Junior atuou como advogado petista em Capão Bonito, sua cidade natal. Há ainda um registro mais antigo de seu pai, também defendendo o mesmo partido de esquerda.

A primeira ação é o recurso especial eleitoral n° 22113, protocolado em 24 de agosto de 2004, em defesa do diretório municipal do Partido dos Trabalhadores, contra Júlio Fernando Galvão Dias. Como o recurso não foi aceito pela Justiça, Flori entrou no mês seguinte com petição de agravo regimental, que geraram mais dois registros de sua defesa no TJ-SP.

Contudo, a relação da família com o PT era mais antiga. Em 2001, o “Flori pai”, também advogado, atuou na defesa da Comissão Executiva Provisória do Partido dos Trabalhadores, num agravo de instrumento datado de 30 de outubro daquele ano. O assunto envolvia o uso de outdoors na campanha eleitoral. Curiosamente, em 2022, Flori Junior demonstrou que não teria aprendido ainda muito sobre o tema: foi condenado pela Justiça a retirar outdoors de sua própria campanha eleitoral a prefeito em Vilhena e ainda a pagar multa de R$ 6 mil.

Hoje Flori é armamentista. Foi eleito posando com uma AR-15 e, em entrevista à imprensa de Vilhena, considerou normal um de seus secretários municipais andar ilegalmente com arma em veículo oficial mesmo sem ter porte de arma. Defende também os temas mais importantes para o bolsonarismo raiz, como o combate à corrupção, ainda que tenha sido condenado pela Justiça Eleitoral a devolver R$ 15 mil por irregularidades em seus gastos e prestações de contas em sua campanha. Independente disso, até hoje em seu perfil está lá, sua imagem em fundo amarelo ao lado do logotipo eleitoral de Bolsonaro 22, derrotado nas eleições do ano passado. 

Apesar de que muitos que Flori tenha denunciado como delegado estejam hoje soltos, sua fama de “prendedor de corrupto” foi firmada na campanha, contando com diversos repetidores do discurso, que não avaliam a efetividade ou resultado prático das operações.

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