Secretários de Léo Moraes tiveram dois aumentos de salários em menos de 6 meses

Apesar da repercussão negativa nas redes sociais e nos grupos de WattsApp, o prefeito de Porto Velho, Léo Moraes, não veio a público para explicar os supersalários de seus 15 secretários municipais. Além do salário base de R$ 29 mil, o grupo recebe jetons, as famosas gratificações por integrar grupos de trabalho, que chegam a mais de R$ 20 mil, tornando esses assessores os bem mais pagos do Brasil. Na boca da população, os secretários estão sendo apelidados de “marajás de Léo Moraes”.

Mas ao investigar o porquê desses privilégios, enquanto profissionais da Saúde recebem pouco mais de R$ 80,00 por um plantão, a situação fica cada vez mais complicada. O Tribunal de Contas de Rondônia recebeu uma denúncia de um possível aumento irregular nos subsídios do prefeito, vice-prefeito e secretários municipais no final do ano de 2024. Os novos salários foram definidos pela Lei 3238/2024. Em análise, o conselheiro Paulo Curi entendeu à luz da Constituição não haver indícios de ilegalidade. Mas no mês de junho de 2025, aproveitando um projeto de Lei enviado à Câmara para garantir a revisão salarial dos servidores públicos de Porto Velho, a gestão Leó Moraes aproveitou a carona e determinou que seus secretários, o prefeito e o vice também tivessem um novo aumento. Ou seja, em menos de 6 meses, os salários dos agentes públicos aumentaram 2 vezes. 

O novo aumento foi de 4,83% e o Tribunal de Contas está investigando a legalidade dessa majoração salarial. Mas, em gestões passadas, os ex-prefeitos não permitiram que seus secretários se locupletassem de um projeto destinado aos funcionários públicos para ganhar mais dinheiro da administração pública, mas não foi o caso de Leo Moraes.
Antes da revisão geral, o salário do prefeito era de R$ 37.336,93 e com o aumento, elevou-se a R$ 39.170,77. O secretário, que era de R$ 29.613,00 passou para R$ 31.043,00.

Grupos de trabalho e Jetons

Não satisfeito em agraciar seus assessores com valores recordes de salários, Léo Moraes recorreu a outro artifício. Criou grupos de trabalho através de decreto e permitiu que o mesmo assessor pudesse participar de mais de 3 comissões. Esses grupos de trabalho nada mais é do que uma medida para dar aparência legal a um aumento expressivo nos salários de poucos servidores. Ele formou comissão para fazer estudos da volta do passeio do trem em Porto Velho, colocando seu irmão, Paulo Morais Junior, como presidente, turbinando o salário do parente. 

Por enquanto, Léo não foi nas redes sociais, como costuma fazer, para rebater ou tentar desmentir a informação. Nem o tal Café com o Prefeito, uma produção em vídeo que ele criou para atacar a oposição, foi para o ar esse fim de semana. Preferiu mostrar seu emagrecimento no Tik Tok, embora a população queira saber mesmo é da queima de gordura de dinheiro público em sua gestão.