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Cidades

Encontro em Ji Paraná discute tecnologias para criação de ovinos

Quarta-feira, 02 Dezembro de 2009 - 16:46 | Wania Ressutti


Um dia especial voltado exclusivamente para discutir a ovinocultura de Rondônia reuniu, em Ji-Paraná, mais de 200 produtores rurais. Nem todos eram criadores de ovinos, mas o interesse em iniciar uma atividade viável e lucrativa era grande entre os participantes.



A atividade foi realizada pela Associação de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater) em parceria com a Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Regularização Fundiária (Seagri) e deputado Jesualdo Pires, representando a Associação dos Ovinocultores do Estado de Rondônia (Aoro), para divulgar a atividade e buscar informações tecnológicas a fim de promover a melhoria da qualidade animal através de manejos sanitário e alimentar, formação de novos planteis e ampliação do mercado de carne de ovinos.

Já, em 2006, segundo o relatório anual da pecuária no país (Anualpec), Rondônia já contava com 94.365 cabeças de ovinos, ou seja, 17% do rebanho da região norte, colocando-o na segunda posição de maior produtor de ovinos da região. A posição se mantém, mas o número, hoje, segundo dados levantados pela Seagri, Emater, Embrapa e Idaron, gira em torno de 125 mil cabeças distribuídas em 4.397 propriedades.

Atentos a essa expansão e interessados em fortalecer a produção, o Seagri tem investido em ações a fim de conhecer as potencialidades, os desafios e os caminhos para tornar a ovinocultura uma atividade economicamente sustentável.

Durante o Dia Especial realizado em Ji-Paraná, técnicos e especialistas no assunto falaram sobre a necessidade de se organizar a cadeia produtiva para fortalecer a atividade no Estado. Jobel Beserra, coordenador de pecuária da Seagri, diz que em Rondônia as condições climáticas são favoráveis para o desenvolvimento do rebanho e que a carne de cordeiro tem boa aceitação no mercado, mas é preciso melhorar a genética animal.

O diagnóstico realizado no Estado mostrou que hoje as criações são feitas de forma extensiva, praticamente sem adoção de tecnologia. O abate dos animais é feito tardiamente, o rendimento de carcaça é baixo e não há aproveitamento dos subprodutos como couro, miúdos e esterco.

O secretário executivo da Emater, Sorrival de Lima diz que a Emater já capacitou técnicos para dar suporte aos agricultores e que a ovinocultura é uma grande oportunidade para o pequeno produtor, despontando como mais uma alternativa de renda.

Mercado para absorver a produção existe, o maior desafio agora está em produzir animais precoces com carne de alta qualidade e escala de produção para o ano todo. Com isso, a integração industrial com a implantação de um frigorífico para carne de ovinos será conseqüência natural.

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