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Agente penitenciário que tentou matar médico do Cemetron está sendo julgado

Quarta-feira, 14 Agosto de 2019 - 10:42 | da Redação


Agente penitenciário que tentou matar médico do Cemetron está sendo julgado

Começou na manhã desta quarta-feira (14), o julgamento do agente penitenciário Oziel Araújo Fernandes, que tentou matar o médico Gladson Siqueira, em frente ao Cemetron, no dia 6 de março desse ano. Ele jogou soda caustica na vítima e foi indiciado pela Polícia por tentativa de homicídio triplamente qualificada por motivo torpe, que impossibilitou a defesa e por meio cruel.

O julgamento acontece na 1ª Vara do Tribunal do Júri, no Fórum Criminal Fouad Darwich Zacharias e deve ser encerrado no final do dia. Serão ouvidas 8 testemunhas, sendo 3 do MP, 4 da defesa e uma em comum para as partes. A imprensa não pode fazer imagens, uma vez que o processo tramita em segredo de Justiça.

Para a Polícia, Oziel Araújo premeditou o crime, procurando saber a rotina da vítima, os dias e os locais onde o médico se encontrava e preparou o dia exato para realizar o crime. “O acusado surpreendeu a vítima quando ela chegava para mais um dia de trabalho jogando soda cáustica diluída em água dentro de uma garrafa pet no rosto do médico”, esclareceu a delegada Leisaloma Carvalho.

Ainda segundo a delegada, várias testemunhas viram quando Oziel Araújo chegou ao local em uma motocicleta, com luvas nas mãos, jaqueta e de capacete para dificultar o seu reconhecimento após cometer o crime. “Ele esperou a vítima desligar o carro para que as travas automáticas do veículo ficassem abertas e conseguisse ter mais facilidade em acessar a vítima e lançar a soda caustica”, detalhou.

Foi comprovado que a vítima e a mulher do acusado tiveram um caso, mas quando aconteceu o crime eles não estavam mais juntos, explicou a delegada, detalhando ainda que esposa do agente penitenciaria é funcionária do Estado e do Município e estava tentando uma transferência para o Cemetron, local onde o médico era plantonista. “Essa transferência não foi efetivada, mas temos informações que ela estava tentando. Outro ponto citado no inquérito, é que a mulher teria sido vista várias vezes no Cemetron nos dias em que ele tirava plantão no intuito de manter a relação, mas o médico não queria”, afirmou Leisaloma Carvalho.

A delegada afirmou que a versão dada pelo agente penitenciário de que sua mulher estava sendo assediada pelo médico não foi confirmada. “Essa versão não procede em razão das outras informações que nós temos porque o que mostra ao contrário que o interesse partiu dela”, finalizou a delegada.

O ataque

O crime aconteceu no estacionamento do Cemetron, onde o agressor já estava sentado em uma motocicleta, quando o médico chegou para iniciar o plantão. O homem se aproximou, começou a conversar com a vítima e, logo em seguida, abriu uma garrafa pet com ácido e jogou no rosto do infectologista. O produto atingiu a boca e o olho da vítima.

Imediatamente o médico reagiu e atirou contra o agente penitenciário acertando o ombro. Mesmo ferido, o agente também revidou os tiros. A lataria do carro do médico e ao menos outros dois que estavam no local ficou com marcas de tiros.

Desesperada, a vítima correu para dentro do Cemetron pedindo ajuda. Os médicos realizaram os primeiros socorros, uma ambulância foi acionada e encaminhou a vítima para o Hospital de Base.

Horas depois, o agente penitenciário decidiu se apresentar na Delegacia de Homicídios escoltado por um forte esquema de segurança feito por agentes penitenciários do Grupo de Ações Penitenciarias Especiais (Gape) e confessou o crime.

Para a delegada Leisaloma, Oziel contou que teria ido ao local para tirar satisfações com o médico após ele flagrado o médico mandando mensagens no WhatsApp de sua esposa o assediando. Ele disse ainda que não tinha a intensão de atacar a vítima e que apenas se defendeu dos tiros que o médico efetuou contra ele.

No mesmo dia, a delegada solicitou à Justiça a prisão preventiva do acusado, o juiz autorizou e policiais civis cumpriram o mandado.





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