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De dar orgulho

Terça-feira, 30 Dezembro de 2014 - 09:19 | Gessi Taborda


De dar orgulho
E então eu pergunto: Devemos nos orgulhar por termos uma presidente da República citada em ação na Justiça dos EUA movida contra a maior empresa brasileira (petrobrás, hoje minúscula mesmo)? E viva o ano novo! 2015 promete!



O FOCO

O deputado José Hermínio disse à coluna, antes de viajar com a família, de que ainda não se decidiu sobre o foco de seu novo mandato, a iniciar-se em fevereiro. O deputado – que viajou para não presidir a cerimônia de posse do reeleito Confúcio Moura – tem certeza de uma coisa: continuará na trincheira da Oposição ao governador a quem “toda vigilância dos parlamentares será pouca para impedir que ele continue liderando organizações criminosas” como a investigada na Operação Plateias, da PF.
Perguntado se perdeu o interesse em disputas de cargo majoritário, como a que acontecerá em 2016, José Hermínio destacou que isso “não é questão de desejo pessoal, mas de circunstâncias da própria política”. E finalmente disse sobre o que espera do parlamento estadual nesse 2015: “que a Assembleia não seja arregimentada e cooptada pelo Executivo, sobretudo para fazer vistas grossas diante de indícios sérios dos desvios de dinheiro e da conduta democrática fundamental a tempos mais positivos para o Estado”.

PURA CONSEQUÊNCIA

Esse é o momento em que todos analistas do meio político e econômico costumam fazer previsões para o cenário dominante do próximo ano. E nós bem gostaríamos de acenar com um novo ano de reconstrução da melhor ideia social e da contemporaneidade da ascensão social no crédito e na ilusão de poder ter uma fatia maior do bolo da distribuição da riqueza.
Lamentavelmente as evidências, os fatos e os números disponíveis em nosso estado, não nos permite outra saída senão reconhecer que 2015 será uma consequência dos anos negros que os precederam. Especialmente para nós, moradores da capital rondoniense, com sua paisagem ainda dominada pelos elefantes brancos daquele prefeito do PT que se imaginou capaz de ludibriar o povo por muitos e longos anos.

DESCOLAR A REALIDADE

Certamente o falante governo reeleito de Rondônia, Confúcio Moura, deverá, na posse, fazer um discurso para descolar a realidade do cenário que, creio, irá pintar ao assumir o segundo mandato. Serão palavras ocas, sem lastro, pois Confúcio vai assumir a nova gestão após ter perdido o fulgor para medidas ambiciosas de saneamento da economia e das contas públicas, após entrar como suspeito no Inquérito que corre no STJ, sobre a organização criminosa que no seu primeiro mandato andou saqueando o erário e fazendo do governo uma espécie de balcão de negócios.
É com esses fatos e seus claros desdobramentos que deveremos entrar em 2015. Não para sermos infelizes. Mas para saber o que nos espera.

O DESENHO

Certamente há quem espera avanços na gestão que se inicia no começo de janeiro, com um corolário de uma ação governativa mais destemida do que a do primeiro mandato. Afinal, sonhar não é proibido.
Pelo desenho na formatação do governo com o anúncio da maioria dos secretários para essa nova gestão, feita pelo próprio Confúcio, durante a reunião dessa coisa batizada de “agenda integrada de resultados” (que ninguém sabe e ninguém viu) já ficou estampado a grande primeira falha do bisonho gestor: manter boa parte dos nomes participantes dos tempos conturbados da primeira gestão.
Na leva de indicados, o governador parece ter levado mais em consideração o grau de submissão de cada um dos premiados, bem como a lealdade canina ao chefe. Um banho de água fria na esperança daqueles que imaginavam um segundo mandato melhor do que o primeiro. Aqueles (a maioria) que foram mantidos no secretariado nunca funcionaram bem.
Dessa vez o governador tornou público sua exigência para o secretariado de 2015: “Quem não cumprir o estabelecido, salvo em motivo justificado, como embargo jurídico ou de órgão de controle, deve pedir o afastamento voluntário”.

MEDIOCRIDADE

A gestão do elenco governativo no primeiro mandato de Confúcio foi um retumbante fracasso. A única “obra” mais visível dessa gestão está embarcada, sob a suspeita de ingredientes da prática da corrupção deslavada, contratações sem concorrência pública, preços superfaturados, aditivos para o encarecimento da obra, etc, etc. É uma coisa bizarra, uma espécie de academia esportiva ao ar livre, no local do “Espaço Alternativo”, implantada no canteiro da única via expressa de Porto Velho, servindo de ligação da cidade ao Aeroporto Internacional Jorge Teixeira.

DEU ATÉ CADEIA

O tal “Lazer Alternativo” é uma excrescência tão mequetrefe que poderá encerrar precocemente o mandado de Mosquini, que deixou o DER para se candidatar a deputado federal, quando pilotou uma das campanhas milionárias mais visíveis no Estado. Mosquini foi preso e saiu a tempo de pegar o diploma de deputado eleito. Mas não está livre de uma cassação muito antes de tomar gosto pela Câmara dos Deputados.

NÃO ACEITOU

Ao confirmar o mesmo governo medíocre da primeira gestão – desta vez seguido de um aviso de que não haverá mais tolerância com quem meter a mão na cumbuca – fica evidencia-se que Confúcio continuará manietado por um grupo especializado em drenar recursos públicos. E não terá como limitar o risco sistêmico de corrupção do primeiro mandato.
A única indicação com potencial para trazer alguma novidade boa no governo que começa em Janeiro foi Tomas Correia, mas (sabe-se lá porque) ele declinou do convite.

INSATISFAÇÃO

Ao manter a mediocridade do secretariado Confúcio busca evitar o chamado fogo-amigo e garantir a docilidade dentro do próprio parlamento estadual. E isso não estará garantido. O apetite daqueles que vêm no governo fonte para arrumar riqueza rápida, dinheiro fácil e coisas assim, é insaciável. Essa insatisfação vai se tornar muito aparente quando começar o festival de nomeações do segundo escalão e a distribuição dos CDs e cargos comissionados.

CALAR OS CRÍTICOS

O governador reeleito tomará posse sem mostrar ao povo uma agenda crescimento, capaz de recolocar Rondônia na rota da criação de valor.
O pior é que Confúcio – acuado com o risco de sofrer condenação pelas acusações contidas no inquérito do STJ – pode adotar os cortes como veículos únicos para a realização dos orçamentos, arrochando ainda mais os salários dos barnabés para garantir o bem bom da turma do andar superior.
Sem um plano de investimento exequível para a infraestrutura capaz de criar uma plataforma para fazer de Rondônia um estado atrativo aos investimentos, o governo não terá como calar seus críticos.

TERRA DOS PETRALHAS

Como era de esperar, a sra. Venina será transformada na vilã da Petrobrás. Não é que já tem até sindicância contra ela? E será que vai ter sindicância também para apurar a diferença, que é de bilhões, entre o valor orçado e o valor até agora gasto na construção da Refinaria Abreu e Lima? Rondoniagora.com

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