Dr. Mauro, Roberto e Dilma

Dr. Mauro está a cada dia que passa mais parecido com Roberto Sobrinho, e não é apenas na maneira que administra a cidade. Roberto estava cercado de pessoas de caráter duvidoso, tanto é verdade que no final de seu mandado, muitos deles tiveram que despachar de dentro do presídio Pandinha. O mandato de Roberto Sobrinho acabou 24 dias antes do fim, em 06 de dezembro de 2012. Tudo isso por conta de várias denúncias de irregularidades e fraudes em alguns setores de sua administração.

Dr. Mauro, aparentemente, assumiu e estava cheio de boas intenções, afinal de contas ele passou vários anos de sua carreira política tentando ser prefeito de Porto Velho. Acontece que logo ao anunciar seu primeiro secretário, Gilson Nazif, todos os seus eleitores e moradores da capital, já ficaram com dois pés atrás, afinal de contas, Gilson é uma unanimidade em termos de rejeição e mesmo com a lei que proíbe o nepotismo, Dr. Mauro bateu o pé, e contra tudo e contra todos, vem mantendo seu irmão no cargo de secretário titular da SEMOB.

Desde janeiro, quando um grupo de manifestantes fez protesto na frente da prefeitura e cobrou veementemente a saída de Gilson, Dr. Mauro vem blindando seu irmão, e hoje, mais de dois meses depois do protesto, a população vem perguntando: “Cadê Gilson Nazif?”. A resposta, o prefeito ainda não deu, e provavelmente nem vai dar tão cedo. O que se sabe é que servidores de dentro do gabinete do prefeito já especulam e comemoram, de certa forma, o afastamento total de Gilson.

Servidores mais próximos ao prefeito garantem que ele sofreu pressão da executiva nacional de seu partido, PSB, para afastar Gilson e todos os seus parentes, como forma de “salvar sua administração.”
Outra questão levantada pela executiva nacional foi no tocante aos fichas suja da administração, o conselho de ética do PSB nacional pressiona o prefeito para que ele faça um limpa na administração de Porto Velho. E é ai que o prefeito Mauro também se parece o Roberto Sobrinho, os dois são difíceis de ceder à pressão.

Outra lambança do prefeito foi manter como secretário adjunto da SEMDSTUR Eduardo Rauen, seu coordenador de campanha, que foi preso na operação xeque-mate acusado de ser o gerente da quadrilha que comandava o esquema de caça níquel no estado de Rondônia. Na semana passada, veio à tona um grande esquema de fraude na liberação das parcelas do seguro desemprego que funciona no SINE Municipal, dentro da SEMDSTUR. Quando o esquema veio à tona, muita gente já ficou com as barbas de molho, já que tudo passava pelas mãos do ex-gerente da máfia do caça níquel, e a confirmação acabou acontecendo na quarta-feira na sala das comissões da presidência da Câmara de Vereadores. Uma servidora que foi afastada, acusada de operar o esquema, procurou espontaneamente os vereadores e entregou todo o esquema, inclusive ela falou que tudo era comandado pelo adjunto Eduardo Rauen, que montou “um puxadinho” dentro da SEMDSTUR para operar o esquema.

Tudo isso aconteceu depois da visita da presidente Dilma Rousseff que veio a Porto Velho para conferir in loco a situação dos desabrigados pelas cheias, só que a presidente só pisou em solo rondoniense para dar uma entrevista chapa branca, no auditório da base aérea, e seguiu “seu caminho”. Só então, devido à gravidade dos fatos, é que a presidente confirmou o estado de calamidade pública em nosso estado.