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Foliar ou não foliar... eis a questão!

Sexta-feira, 09 Fevereiro de 2018 - 11:34 | por Juliana de Oliveira


Foliar ou não foliar... eis a questão!

Mal saímos das festas de fim de ano e já se aproxima mais uma data de intensa movimentação e festividade, o carnaval. Desde sempre nos é ensinado que o Brasil é o país do carnaval. Apesar da tradição religiosa pouco lembrada, o carnaval brasileiro é também um produto turístico que vende a alegria, a liberdade, o prazer e o espetáculo, de preferência gigantescos e excessivos, como característica de personalidade do país e de seu povo.

Pode parecer que nesse período de carnaval somos obrigados a ver, ouvir e participar da festa. Essa imposição traz certo incômodo para algumas pessoas, principalmente por ser algo atrelado a costumes vistos como negativos na nossa cultura, como dizer que o país só funciona depois do carnaval, por exemplo.

E mais uma vez, como em tudo que é imposto a uma coletividade, algumas pessoas não se encaixam nesse padrão e assistimos todos os anos o embate nas redes sociais entre os que gostam e os que não gostam de carnaval, uns defendendo a importância de valorizar a cultura popular, de se divertir e se fantasiar nas ruas e outros que preferem ficar em casa vendo um filme ou lendo um bom livro.

Esta discussão é natural e seu ponto positivo é que pode nos levar a uma importante reflexão sobre autoconhecimento e personalidade. Por vezes, levados pelo furor da discussão, esquecemos de respeitar as nossas próprias necessidades e as dos outros. Tentamos a todo custo convencer uns aos outros de que o carnaval é bom ou ruim e deixamos de entender o mais importante: que cada um tem uma vontade e deve fazer o que for melhor para si mesmo.

Todos têm liberdade de escolha. Alguns escolhem participar e viver o carnaval intensamente por que gostam, outros escolhem ficar em suas casas ou aproveitar o feriado mais tranquilamente, há aqueles que vão por que os amigos vão, mesmo não sendo tão fã da festança e os que participam dos eventos de sua religião.

Ter conhecimento de si e a certeza de quais são seus desejos e necessidades é um passo importante para respeitar a escolha do outro e lembrar que podemos escolher curtir o carnaval de uma forma que realmente nos traga prazer e bem-estar, assim como em outras escolhas ao longo da vida.

*Juliana de Oliveira é Psicóloga, formada pela Universidade Federal de Rondônia – UNIR. Especialista em Gestão Organizacional e de Pessoas pela Universidade Federal de São Carlos - UFSCar. Atende atualmente na clínica Fábrica de Competências em Porto Velho.

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