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Razão ou emoção

Quinta-feira, 12 Abril de 2018 - 14:33 | por Renato Cavalcante


Razão ou emoção

Às vezes me questiono: é errado participarmos democraticamente de um processo eleitoral quando um grupo de colegas lhe convida para juntos buscarmos um sonho? O que lhe ocorre de imediato? Temos os mesmos direitos ou não? A ORDEM está para todos ou para alguns? A ORDEM é para muitos ou para poucos? Só interessamos caso nos tornemos subservientes para determinados "grupos" e/ou pretensões? Isso é salutar para a nossa Instituição? A discordância é respeitada por todos? Devemos ser compreendidos e respeitados, por termos os mesmos direitos de escolhas? Nosso processo eleitoral é ditado por uma tirania? Repressivo? Preconceituoso? Implacável? Perseguidor? Ou temos um processo democrático, que permite a todos exercer seu livre direito de escolha, estando ao seu lado ou não, e possam exercer o seu mesmo direito de poder participar de um mesmo pleito? É certo fecharem as portas e as janelas da sua casa, sem lhe pedir licença, sem lhe dar qualquer tipo de satisfação, somente pelo simples fato, de você ter tido a coragem de lutar de forma respeitosa, por uma disputa na busca de um sonho, de ter uma oportunidade de legitimamente representar e fazer algo pela sua classe? Para isso o preço que pagamos é condicionado a nos tornar inimigos?

Temos que deixar de lado a hipocrisia. Temos que aproveitar a oportunidade desse processo eleitoral, que precocemente se iniciou para que seja estimulado o debate, a autocrítica e a proposição com vistas a evolução e amadurecimento da forma do cumprimento das finalidades da entidade através de seus meios e fins. Temos que nos respeitar e buscar uma campanha baseada na ética, apresentando propostas para melhorias para toda nossa classe e sociedade rondoniense, tendo em vista que é da nossa essência a pluralidade de ideias. Temos que aprender a aceitar com maturidade e sabedoria, a escolha de um adversário que tem legitimidade para pleitear a disputa por algo que você também busca. A soberba, não condiz com a democracia. Seja quem for, jamais devemos esquecer o aprendizado básico trazido no período do banco universitário. "O SEU DIREITO ACABA, ONDE COMEÇA O DOS OUTROS".
Temos que ser exemplo. Independentemente de quem venha disputar, tenha personalidade, caráter e acima de tudo, respeito com o pretenso adversário. Somos da mesma classe ou não? Faço esse questionamento porque se está passando a sensação que alguns colegas, por razões pífias, se esquecem que eram amigos, antes mesmo de pensarem exercer essa nossa profissão tão nobre. Para que tanto radicalismo? Qualquer gestão é somente um ciclo na vida daquele que nos irá representar. Esse é um projeto que já se inicia com data marcada para início e fim. Vamos com calma. As vezes criamos nossos próprios adversários por tomarmos atitudes impulsivas e impensadas.

Não se esqueçam que o nosso País passa por período revolucionário com importantíssimas mudanças. Não despreze tais fatos, pois o preço pode ser incalculável. Jamais se esqueça que a história da advocacia, bem como a nossa ORDEM, está além de todos nós. Nossos baluartes lutaram de forma árdua em busca do nosso reconhecimento. A eles devemos um respeito sacerdotal. E por eles temos como referência padrões a serem seguidos. E, por fim, existem inúmeras maneiras de se enxergar uma derrota e uma vitória em uma campanha eleitoral. As vezes se perde na urna e se ganha em situações inesperadas. Finalizo esse pequeno texto, com uma frase de uma precisão cirúrgica dita pelo imortal Charles Chaplin: “O tempo é o melhor autor; sempre encontra um final perfeito”.

* O autor é advogado

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