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Falta de cimento paralisa 300 obras e pode deixar 5 mil desempregados

Quinta-feira, 28 Outubro de 2010 - 16:28 | Assessoria


Mais de 300 obras poderão ser paralisadas, prejudicando perto de cinco mil empregos diretos, caso a crise de fornecimento do cimento para as empresas construtoras do Estado continua inviabilizando o trabalho na construção civil. A denúncia foi feita na manhã desta quinta-feira pelo presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil – Sinduscon-RO – o empresário Chagas Neto e pelo vice-presidente da entidade, Giuliano Borges. Eles protestam contra o que chamam de “falta de cumprimento de acordos” por parte da indústria de cimento Votorantin de Rondônia, que há praticamente duas semanas deixou de fornecer o produto para as empresas, priorizando apenas as obras das hidrelétricas do rio Madeira.



Revoltados com a situação, que segundo eles podem causar prejuízos incalculáveis ao setor, os dirigentes do Sinduscon-RO prometem mobilizar a Assembléia Legislativa no sentido de que seja cancelada – ao menos temporariamente e enquanto a Votorantin não cumprir seus acordos de fornecimento com as construtoras – a lei estadual que concede grandes incentivos fiscais para a empresa. “Não podemos nos calar e permitir que a situação perdure. A Vontarantin deu garantias ao Governo do Estado, quando foi para receber incentivos fiscais, de que forneceria cimento para a indústria da construção. O não cumprimento desse compromisso, certamente permite que se invalide a lei dos incentivos”, disse Giuliano Borges. Lembrou que o deputado jesualdo Pires, que representa o setor na Assembléia, já denunciou o caso várias vezes e pode liderar até uma CPI sobre o assunto.

O presidente Chagas Neto informou que enquanto a saca de cimento de 50 quilos é comercializado pela fábrica por um valor de cerca de 23 reais. Como as empresas estão sem fornecimento da fábrica, precisam recorrer ao comércio, pagando até 30 reais pelo mesmo produto. “Vamos pedir inclusive a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI – na Assembléia, para esclarecer toda a questão. Quando foi construída a fábrica em Rondônia, o objetivo era acabar com a crise do cimento no Estado. A indústria Votorantin recebeu todos os incentivos fiscais para cumprir essa missão. Como não o está fazendo, vamos exigir o fim dos incentivos”, protestou Giuliano Borges.

O presidente Chagas Neto disse que a categoria está mobilizada e que não permitirá que o setor considera como vital para a economia rondoniense e o que mais emprega, “seja prejudicado da forma como está pela falta de compromisso da Votorantin”. Giuliano Borges avisa ainda que, se o assunto não for resolvido até segunda-feira, o Sinduscon-RO vai mobilizar os trabalhadores de várias obras já paralisadas por falta de cimento e irá fechar a entrada e saída da fábrica da Votorantin. “Vamos tomar medidas radicais e não aceitar esse absurdo”, disse o empresário. O deputado Jesualdo Pires já garantiu todo o apoio do legislativo estadual ao Sinduscon-RO. “Não podemos permitir esse enorme prejuízo ao Estado e o risco de deixarmos milhares de trabalhadores desempregados”.
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