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OS COBIÇADOS GENERAIS ELEITORAIS - Por Ivonete Gomes

Domingo, 03 Novembro de 2013 - 10:53 | Ivonete Gomes


OS COBIÇADOS GENERAIS ELEITORAIS - Por Ivonete Gomes

Fora do páreo por condenações na Justiça, duas das maiores lideranças políticas de Rondônia tornaram-se cobiçados cabos eleitorais para o pleito de 2014. O senador Ivo Cassol (PP) e o ex-senador Expedito Júnior (PSDB) lideram a preferência do eleitorado, de acordo com as projeções encomendadas para consumo interno dos partidos. Com larga vantagem na frente do tucano, Cassol aparece nas pesquisas como uma espécie de rei Midas, transformando em ouro qualquer possível ungido.



Mesmo tendo afirmado, após decisão do STF, que está fora da política, Cassol vem sofrendo grande assédio. Até adversários do passado tentam aparar arestas para conquistar o apoio do parlamentar, condenado a pena de 4 anos e 8 meses em regime semiaberto por crime de fraude em licitações. No interior do estado Ivo Cassol é tratado como celebridade e, surpreendentemente, também aparece como o preferido em pesquisas realizadas na capital.

Cassado por compra de votos e abuso do poder econômico, o ex-senador Expedito Júnior não está confortável na posição de mero cabo eleitoral. Segundo entendimento de alguns juristas, ele tem chance de conseguir o registro de candidatura. Há corrente mais forte dizendo que não. De qualquer forma, a visibilidade adquirida com o trabalho realizado no Senado não permite ao tucano o luxo de ficar fora da vida pública.

Nessa construção de alianças, os futuros candidatos aptos à disputa devem decidir com qual dos dois queridinhos do eleitorado seguirão caminhada rumo ao palácio Presidente Vargas. Expedito e Cassol são, há algum tempo, como água e vinho. Embora Magalhães Pinto tenha dito que “política é como nuvem” é pouco provável ver os dois políticos rolimourenses dividindo o mesmo palanque.

Alguns quadros começam a ser desenhados para a disputa de 2014. Ivo Cassol tem feito reuniões com o PSD de Moreira Mendes. O partido de Kassab em Rondônia tem dois nomes na disputa, Alex Testoni e Hermínio Coelho. Internamente, o prefeito de Ouro Preto lidera com larga vantagem, mas o presidente da Assembleia Legislativa não vislumbra qualquer possibilidade de vir para mera reeleição e bate o pé pela vaga. Na última campanha para o governo, Testoni e Cassol viveram desavenças, mas é grande a movimentação e o trabalho para que os dois firmem aliança.

Caso não tenha êxito junto à Justiça Eleitoral, Expedito Júnior, político dos mais acessíveis, pode caminhar com o PMDB de Confúcio Moura. Engana-se quem pensa no governador como peça fora do baralho. Confúcio não está bem nas pesquisas, mas tem a máquina nas mãos, multiplicou as ações em todo o Estado, está realizando um grande projeto de habitação e conta com outro fortíssimo cabo eleitoral rondoniense chamado Valdir Raupp. O início da construção do novo hospital do governo deve aliviar a dor no calcanhar de Aquiles de Confúcio.

No cenário político rondoniense é mais fácil vermos peemedebistas e tucanos caminhando juntos do que uma coalizão entre PSDB e PT. Embora não exista mais a política da verticalização, os diretórios nacionais jamais permitiriam tal aliança. Em Rondônia, os petistas vislumbram o nome do deputado federal Padre Ton para a corrida majoritária.  A ex-senadora Fátima Cleide, bem pontuada nas pesquisas, pode vir à deputada federal, mantendo o compromisso fechado no passado com o senador Acir Gurgacz (PDT).

Óbvio, no entanto, que tudo ainda está na fase de conversações e muito não passa de pretenciosa conjectura. Na política, adversários viram aliados quando inimigos comuns apresentam maiores chances de vitória.  E, novamente citando o mineiro Magalhães Pinto, uma hora está de um jeito, olha de novo e já mudou.

Tenham todos uma semana de muita luz e paz!

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