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CONFÚCIO SÓ GARANTIU CIRURGIAS POR INSTITUTO NACIONAL E SE COMPROMETEU A CONTRATAR MÉDICOS E AMPLIAR JOÃO PAULO II, DIZ MINISTÉRIO DA SAÚDE

Quinta-feira, 20 Janeiro de 2011 - 18:52 | RONDONIAGORA


O governador Confúcio Moura (PMDB) teve a informação oficial nesta quinta-feira que não adiantou a pirotecnia no início de seu mandato para tentar convencer as autoridades federais da realidade rondoniense no setor de saúde, que é claramente alarmante. O Ministério da Saúde definiu como irá ajudar o Estado: agilizará cirurgias por meio do Instituto Nacional de Traumologia e Ortopedia (Into). O Governo Federal informou ainda ao governador que vai investir em unidades de pronto atendimento, que na prática apenas servem para pequenas emergências com encaminhamento ao Pronto Socorro. Confúcio fez compromisso de contratar mais médicos e ampliar o João Paulo II, na prática o que todo governante faz. A idéia central de Confúcio e do Ministério da Saúde é descentralizar, mas nada é falado sobre como será feito. Veja a nota:



O Ministério da Saúde, por meio do Instituto Nacional de Traumologia e Ortopedia (Into), agilizará a realização de cirurgias de ortopedia em Rondônia, que decretou situação de emergência em saúde pública. De imediato, foram transferidos 81 pacientes para realização de cirurgias em hospitais da região. A especialidade é um dos principiais estrangulamentos do atendimento à população. O Estado também conta com R$ 16 milhões liberados em dezembro para a atenção hospitalar. Além disso, está sendo financiada a construção de três UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), no valor total de R$ 5,4 milhões.

Uma equipe de quatro cirurgiões do Into deve chegar na próxima semana ao Estado. O instituto, ligado ao Ministério da Saúde, possui o projeto Suporte, que, além de ajudar na redução da lista de espera por uma cirurgia, capacita profissionais de saúde locais para esse tipo de atendimento.

“A proposta do Ministério da Saúde é promover ações permanentes e estruturantes. O diagnóstico da visita técnica é que há uma grande demanda por cirurgias de ortopedia”, afirma Clésio Castro, coordenador de Urgência e Emergência, do Ministério da Saúde. Segundo relatório da equipe técnica do ministério, as causas externas são o principal motivo de óbitos na capital Porto Velho, respondendo por 22% das mortes anuais. Os acidentes de trânsito compõem 35,14% desse grupo.

MEDIDAS IMEDIATAS - Desde o início da semana, os pacientes com problemas ortopédicos começaram a ser transferidos do João Paulo II para outros hospitais de Porto Velho e de Ji-Paraná, onde serão atendidos e as cirurgias realizadas. Após esta primeira etapa de transferências, que se concluirá até o fim da semana, o Hospital de Base receberá 40 pacientes, enquanto o Hospital Santa Marcelina, também na capital, receberá outros 16. Para o hospital de Ji-Paraná, no interior do estado, já foram levados 25 pacientes. Outros 72 pacientes vão continuar internados no João Paulo II e serão transferidos à medida que as cirurgias no Hospital de Base forem feitas e os pacientes recebam alta médica.

Os profissionais do INTO trabalharão em duas etapas: na primeira, será feita uma triagem dos pacientes, verificando as necessidades de cada caso, na segunda fase, os médicos farão as cirurgias ortopédicas até desafogar a porta de entrada do João Paulo II. São três salas cirúrgicas disponíveis para o INTO no Hospital de Base. Os pacientes encaminhados a Ji-Paraná serão operados por profissionais do estado.

ACORDO - Em reunião realizada nesta quinta-feira (20) com técnicos do ministério, o Governador de Rondônia, Confúcio Moura, comprometeu-se a ampliar o quadro de médicos na rede estadual, além de readequar a estrutura física da maior unidade de saúde da capital. No médio prazo, as metas são descentralizar o atendimento pelo estado e implantar um sistema em rede, que organize o fluxo de pacientes. Além de participar destas medidas, o ministério também reforçou que foram liberados recursos para o estado finalizar a construção de três Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h).

“Esse entendimento entre o Ministério e o governo estadual vai permitir uma melhor organização da assistência em urgência e emergência. Quando estiver concluída uma rede descentralizada por todo o estado, vamos diminuir a demanda em Porto Velho e evitar que problemas como esse voltem a ocorrer”, afirma Castro.

O Ministério da Saúde liberou, em dezembro de 2010, R$ 16,5 milhões para a ampliação da assistência de saúde em Rondônia. Deste total, R$ 10,5 milhões destinam-se ao funcionamento do Hospital Municipal de Cacoal. Outros R$ 6 milhões foram transferidos para o custeio e a ampliação da oferta de serviços de média e alta complexidade (como cirurgias e exames) nos hospitais de Porto Velho. Além disso, o Ministério da Saúde está priorizando a liberação de recursos de convênios com o estado de Rondônia para a compra de equipamentos.

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