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ELEIÇÃO SEM SABOR

Sábado, 22 Fevereiro de 2014 - 18:02 | Gessi Taborda


ELEIÇÃO SEM SABOR

O carnaval está ai. Mas no mundo da política rondoniense tá tudo muito parado. Ninguém parece disposto a por o bloco na rua.


De uma coisa pode-se ter certeza: exatamente pelo desinteresse do eleitorado, pela falta de liderança (real) dos candidatos, esta será muito mais cara que as anteriores. Será através do dinheiro, para escamotear a ausência de qualidade dos candidatos que se buscará a adesão de quem vai votar.
Não há, até agora, nem mesmo autenticidade na disputa. A disputa (se for possível defini-la assim) não é aguerrida, não é forte, não entusiasma nem mesmo os nomes cogitados para participar da disputa.
De uma coisa pode-se ter certeza: exatamente pelo desinteresse do eleitorado, pela falta de liderança (real) dos candidatos, esta será muito mais cara que as anteriores. Será através do dinheiro, para escamotear a ausência de qualidade dos candidatos que se buscará a adesão de quem vai votar.

FALTA CARISMA

Inútil procurar carisma entre os nomes mais lustrosos dessa disputa. Carisma, nem o governo estadual tem mais. O outro nome de destaque, Expedito Júnior, se gaba sem constrangimento de ser um ícone na política estadual. Besteira. Não tem tema e nem bandeira. Não pode e nem sabe fazer oposição. E esta seria a única via para convencer o cidadão comum, o que luta pela sobrevivência, de que com ele haveria a verdadeira mudança, aquela que o povo espera.
Por ter sido condenado pela compra de votos; por ter sido cassado do mandato de Senador, o jovem Expedito se tentar ser oposição, agirá de forma relutante, acanhada e sem independência, mesmo porque faturava milhões em negócios com o governo, com o negócio da segurança privada.

OPOSIÇÃO DE VERDADE

Tenho comigo que José Hermínio ainda pode estar no páreo. É o único que faz Oposição de verdade e conserva a sintonia com o povo. Isso foi o instrumento a mantê-lo na vida pública até hoje. E até hoje continua se interessando pelos mais humildes, como acontece agora nessa questão das inundações provocadas pela cheia do Madeira. Mas Hermínio não pode ser vítima das artimanhas negocistas dos próprios partidos. Sem ter as garantias de que é o nome da disputa pelo seu partido, é melhor dirigir-se às pessoas simples para a renovação do mandato ou para garantir uma vaga na Câmara dos Deputados.

CHOVER NO MOLHADO

Da bancada rondoniense em Brasília coube a Marcos Rogério (um desses políticos que ninguém sabe e ninguém viu) tratar também do drama das pessoas isoladas ou desalojadas pela cheia do Rio Madeira. O parlamentar não acrescentou nada de novo. Seu discurso foi apenas um repeteco daquilo que disseram os outros membros da representação rondoniense em Brasília. Pode se dizer que Rogério simplesmente no choveu no molhado. Ficou naquela coisa óbvio e ululante ao declarar: “Rondônia está sendo acometida pela maior enchente dos últimos anos”. Se ele não conta (depois de toda a cobertura da mídia em nível nacional), possivelmente seus pares na Câmara dos Deputados não iam saber. Fica claro: Marcos Rogério não passa de outro político rondoniense mal assessorado, tremendo candidato a se manter na planície.

BRASÍLIA DECIDIU


Após receber denúncias de que botos são sacrificados para servir de isca na pesca do peixe piracatinga em algumas localidades na Amazônia, e da existência de riscos à saúde pública no consumo do pescado, autoridades ligadas ao Plano Nacional de Combate à Pesca Ilegal decidiram, em Brasília, desencadear uma série de operações e providências para impedir essas práticas.

NEPOTISMO


Vereadores da capital enfrentarão na sessão de segunda-feira mais um desafio para impedir a prática do nepotismo no quadro de servidores do Executivo e do próprio Legislativo. Está na pauta da próxima sessão (24) a apreciação de vetos integral a projetos elaborados por vereadores.

Entre tais projetos está esse, de autoria do vereador Aélcio da TV. O projeto impedindo a prática do nepotismo na administração municipal certamente deveria levar o prefeito Mauro Nazif a demitir a parentada colocada em cargos importantes da prefeitura, como o de secretário de Obras, onde reina despoticamente Gilson, o irmão do prefeito.
Como Nazif tem maioria na Câmara e sabe controlar grande parte dos vereadores será praticamente impossível derrubar o veto. Engraçado: antes de ser prefeito, Mauro Nazif era um notório defensor do fim do nepotismo no serviço público em todos os níveis.

GORDINHOS

O vereador Jurandir Bengala – com base eleitoral no distrito de Jacy-Paraná – bem poderia ser indicado para disputar o troféu Amogadon de Bronze. Num município em que a rede pública de educação é uma tristeza, com falta de professores, de merenda escolar e muito mais, vem o vereador de Jacy com a ideia de transformar em lei (pasmem!) o controle da obesidade e reeducação alimentar nas escolas públicas municipais.
O vereador deve estar míope para os problemas mais urgentes em que vive a cidade (principalmente aqueles criados pelo prefeito anterior, que detinha todo apoio desse Bengala) e por isso fica surfando na maionese.

Será como esse vereador espera o cumprimento da lei que propõe? A prefeitura abriria concurso para contratar nutricionistas (quantas?) para todas as unidades da rede escolar? E o controle dessa obesidade seria feito por uma espécie de esquadrão da herbalife? Pô, vereador não deve ser para ficar inventando essas asneiras que o povo lhe paga. Vê se cuida de coisa mais útil ou então saia da vida pública.

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