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Notas econômicas

Sexta-feira, 07 Março de 2014 - 09:37 | Gessi Taborda


Notas econômicas

Adversidades climáticas no Brasil e a crise política na Ucrânia pressionaram as cotações das principais commodities agrícolas comercializadas no exterior em fevereiro. Destaque para o café, que encerrou fevereiro com cotação 30% superior à de janeiro, atingindo o pico desde outubro de 2012.


O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-S) caiu para 0,66% em fevereiro ante 0,99% em janeiro, acima da mediana das expectativas, de 0,63%.
Após o resultado surpreendentemente positivo do crescimento do PIB no quarto trimestre de 2013, analistas revisaram de 1,67% para 1,7% a projeção para o crescimento na economia brasileira neste ano. Por outro lado, os economistas diminuíram para 1,8% de 1,87% a previsão para o crescimento da indústria em 2014.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-S) caiu para 0,66% em fevereiro ante 0,99% em janeiro, acima da mediana das expectativas, de 0,63%.

SÓ HOJE


É uma maldade bem normal para um país de terceiro mundo, comandado por petralhas. Somente hoje deverá ir para a conta dos aposentados. Parece não terminar nunca as invenções do INSS para prejudicar os aposentados brasileiros, notadamente os mais de 9 milhões que recebem apenas o salário mínimo. Esses aposentados, aquinhoados com (pasmem!) o aumento de 5,56 só estarão recebendo hoje porque o INSS emendou os feriados do carnaval, decretou ponto facultativo e a merreca desses aposentados – que poderia ter sido depositada antecipadamente – só estará disponível para essa categoria tão desumanamente tratada nesse país de Dilma e carnaval no dia de hoje. Mas disso, nenhum dos nossos deputados ou senadores gosta de falar..,

FIM DA FARRA


Uma prática nada republicana utilizada para garantir benesses a familiares de membros do Judiciário está com seus dias contados. Joaquim Barbosa, presidente do Supremo e do Conselho Nacional de Justiça, está fechando a lista com nomes de filhos (e parentes mais chegados, como os de 1º grau) de desembargadores, juízes e conselheiros de tribunais de contas, que têm suas boquinhas em Assembleias Legislativas e órgãos dos governos estaduais. Essa farra acontece inclusive nesse pedaço de Brasil. O ministro Joaquim Barbosa promete acabar com tudo isso. O cidadão-contribuinte-eleitor agradece o empenho de Barbosa, pois além do dinheiro torrado com essa prática, há ainda o problema da contaminação dos tribunais.

PERSPECTIVAS


Costuma-se dizer que o ano no Brasil só começa depois do carnaval. O certo é que agora em março e abril deverão ser definidas as alianças partidárias; em maio os partidos decidirão quem vai apoiar para Presidente; e em junho será a convenção que lançará os nomes ao governo do Estado; finalmente em julho começa oficialmente a campanha eleitoral.
Até agora não é possível afirmar com certeza a formatação dessas alianças. Aliás, nem mesmo todas as regras para essa disputa estão definidas. Muitos dirigentes partidários esperam os últimos detalhes para montar os esquemas de campanha.

QUARTA FEIRA

Até o momento, dez resoluções já foram aprovadas pelo tribunal, algumas, inclusive, reforçando pontos estabelecidos pela minirreforma aprovada pelo Congresso e sancionada pela presidente Dilma Rousseff. O restante das regras que balizarão o comportamento dos partidos e dos candidatos na campanha de outubro só será conhecido na próxima semana, mais precisamente na quarta-feira.
As resoluções do TSE podem agregar maior transparência ao processo eleitoral. Embora já esteja em vigor, o TSE ainda precisa definir se a minirreforma valerá para as eleições deste ano. Enquanto isso não acontece, alguns temas abordados na nova lei já estão sendo contemplados nas resoluções da Justiça Eleitoral, não correndo o risco de ficar de fora do pleito de 2014.

NORMAS ESTABELECIDAS

O TSE já definiu normas importantes às quais pré-candidatos e partidos devem estar atentos. É o caso, por exemplo, de que os candidatos não poderão doar mais de 50% do seu patrimônio para sua campanha e não poderão usar o serviço de telemarketing para se comunicar com o eleitor. Para impedir trocas de última hora de candidatos que estão na disputa, o TSE definiu que as legendas só poderão mudar o candidato até 20 dias da eleição.

Apesar das resoluções, a questão da propaganda política ainda pode gerar dúvidas, sobretudo na internet. A minirreforma liberou a campanha na web e nas redes sociais, e a expectativa é que o tribunal reitere a decisão. Prova dessa tendência é uma decisão de 2013 do TSE sobre o Twitter. O plenário da Corte resolveu que manifestações feitas por meio de tuites não são passíveis de ser denunciadas como propaganda antecipada.

RENASCER COMO

Ai estamos nós num ano verdadeiramente atípico para os padrões do Brasil: primeiro copa do mundo, segundo eleições para os cargos mais importantes do país: presidente da república, governador de estado, senador e deputados (estaduais e federais). Então, só isso justifica o assanhamento do segmento da mídia e seus empreendedores com a coragem de lançar novas publicações impressas.

Aqui em Rondônia alguns títulos novos já andam circulando por ai, esperando garantir com isso sua fatia de mercado. Mas informação de maior peso nesse segmento é, certamente, a do relançamento da “Folha de Rondônia”, o jornal editado em Ji-Paraná que saiu de circulação há muito tempo, vítima de uma gestão incompetente. O diário jiparanaense fechou as portas e não deixou saudades. Deixou, isso sim, um passivo temeroso.

JORNAL DE QUALIDADE

Pelo que se ouve, ele vai retornar pelas mãos de seu primeiro dono, o empresário Pedro André. Certamente Pedro continua acreditando na existência de mercado para a mídia impressa. Depois de fundar a Folha de Rondônia, vendê-la para aventureiros que acabaram falindo, Pedro liderou o lançamento de um tabloide, que também não vingou. E agora, como pretende promover o renascimento daquele jornalão?
Se o jornal do Pedro André voltar como morreu, ou seja, sem conteúdo relevante, não terá vida longa. Vai simplesmente repetir o fracasso passado. O que faz um bom jornal não é apenas um parque gráfico moderno. É preciso bons jornalistas, capazes de cumprir boas pautas, com matérias aprofundadas, reportagens interessantes, etc.
Em tempos de internet o jornalismo impresso precisa atender leitores com paladar refinado, sendo importante pelo que conta e como conta. Jornal impresso precisa fornecer a leitura reflexiva, através de um jornalismo de alta qualidade crítica e de narrativa talentosa.

PESO ELEITORAL

Em tempos de eleição, é bom lembrar que jornal sem graça, previsível, sem credibilidade não tem chances de influir no ânimo político de seus leitores. É por isso que tem político dono de verdadeiro império de comunicação no estado que não consegue se dar bem com o voto.
Não sei quem estará no comando do novo hebdô de Pedro André. Ele deve, após duas experiências na área, estar convencido de que um diário sem texto está fadado à morte. O público não lê o que não tem substância, o que não agrega; o que não tem qualidade. Se voltar sem o vigo necessário será, lamentavelmente, mais uma aventura que passará despercebida.

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