TENDÊNCIA É ASSEMBLÉIA LIVRAR VALTER ARAÚJO; PRESIDENTE DA CCJ AFIRMA QUE É "PERFEITAMENTE POSSÍVEL"

Os deputados estaduais de Rondônia não parecem preocupados com o teor das acusações contra Valter Araújo (PTB), preso por formação de quadrilha pela Polícia Federal (PF) durante a Operação Termópilas e já avaliam que podem livrá-lo da cadeia. Duas teses dominam as discussões na Assembléia: que o envolvimento de Valter pode existir, mas não houve desvios de recursos da Casa de Leis, o que amenizaria sua situação. Advogados do parlamentar pressionam os deputados informando que há não nada de concreto para manter Valter preso. O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Luizinho Goebel arremata com o outro entendimento: se Carlão de Oliveira (PSL) com tantas acusações de desvios de recursos da própria Assembléia acabou voltando, “é perfeitamente possível que com Valter aconteça o mesmo”.

Dois grupos discutem o que fazer, mas há uma certeza entre ambos: o flagrante de Valter pode ser revisto pela Assembléia, que exigiria das autoridades a custódia do deputado. Os grupos articulam uma possível saída de Valter da presidência, mas isso se ele topasse. Por decisão judicial ele, mesmo solto, não pode entrar na Casa de Leis.

Sem acesso

Por outro lado, a determinação de que o processo deva correr em segredo de Justiça acaba privilegiando a impunidade uma vez que nem o Ministério Público ou a Polícia Federal podem repassar a imprensa detalhes da corrupção envolvendo Valter e 7 deputados propineiros. Pouca coisa chega ao conhecimento da imprensa e dessa forma os parlamentares não se sentem pressionados.

Sessão a qualquer hora

Apesar da sessão que irá decidir a manutenção da prisão de Valter ser aberta, ela pode acontecer a qualquer hora, inclusive de madrugada. A imprensa não recebe informações corretas sobre o desenrolar do caso, uma vez que os parlamentares evitam falar sobre as denúncias de corrupção.